Renan jogando pelo Bode do Araripe no Estádio “Chapadão do Araripe.
Faz exatamente cinco anos que os fantásticos dribles daquelas pernas tortas, ligeiras, astutas, que nos presentearam com jogadas de placa, não estão mais presentes nos gramados, nas quadras de society. Foi uma partida prematura, mas nunca me lembro daquele jovem alegre, amável, amigo, família, sobrinho querido, com tristeza. Sempre percebo ele nos rodear com um sopro de vento maravilhoso que acalma, com uma brisa que traz pureza, simplicidade e paz.
“Cadê você, cadê você, você passou, no vídeotape do sonho a história gravou”. Esse trecho da música do cantor e compositor Moacir Franco, retrata a saudade de Renan Rubens Paixão, a quem eu tinha um amor imensurável que só se compara ao dos meus três filhos genéticos (Chris, Jimmy e Vitória), digo genético, porque parecia que eu era como um pai para ele, mesmo sendo apenas o tio que carinhosamente ele me tratava sempre com a mesma vontade recíproca que tínhamos um pelo outro: respeito de um pai para um filho.
A saudade é só essa coisa física da sua presença que não está mais no nosso convívio. A lembrança é essa saudade que martiriza mais conforta quando lembramos do sorriso verdadeiro e alegre de um jovem que partiu aos 23 anos.
Dribles desconcertantes nos adversários, dribles na sua vida tão fugaz, nos faz bater palmas para uma atleta da superação que marcou sua história no nosso tão amado Araripina Futebol Clube, o “Bode do Araripe”. Que ele seja eternizado em seus momentos mais célebres na arte que sempre foi campeão.
Nós sempre vamos te amar, meu querido sobrinho “Renan”.