de Pernambuco-AMUPE fará nesta segunda-feira (09/11), das 09 às 11 horas, um
ato público na Assembleia Legislativa, para denunciar à população que se o
governo federal não buscar soluções urgentes e eficazes para conter a crise que
se alastra, impossibilitando aos municípios desenvolverem ações e políticas de
qualidade para população, a falência dos serviços públicos será a realidade nos
municípios. Depois do ato na Assembleia, os prefeitos vão ao encontro do
Governador Paulo Câmara, no Palácio das Princesas. Mais de 100 municípios já
confirmaram presença e disseram garantir uma caravana de 21 ônibus, 23 vans e
carros de pequeno porte. Além disso, neste dia, 110 prefeituras prometem parar
suas atividades e executar apenas os serviços essências.
prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, diz que não é de hoje que os
gestores, através de suas entidades representativas, anunciam o estado de
falência em que se encontram os municípios, lembrando que desde 1988, com o
estabelecimento de novos programas a partir dos direitos firmados na
Constituição, a União passou a criar programas para serem executados pelos
municípios sem uma justa divisão de recursos, não repassando a totalidade do
custeio.
para os municípios do Nordeste, onde há dependência quase total do FPM(Fundo de
Participação Municipal), principal mecanismo de repasse de verbas federais para
os municípios brasileiros e a mais importante fonte de renda para a maioria das
prefeituras, em momentos de retração econômica, com as receitas públicas
apresentando comportamento frustrante, o desequilíbrio federativo traz à tona
problemas conjunturais e estruturantes extremamente graves.
observou que os municípios pernambucanos deixaram de ganhar mais de R$ 6 bilhões
em decorrência das desonerações na arrecadação originária do FPM como o IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) por exemplo e em consequência a baixa
do Imposto de Renda, outro componente do FPM.
que em um momento de crise como a atual, em que a economia pernambucana já
apresentou uma queda de seu PIB, na ordem de 1,1% no 1º semestre deste ano, e
em um cenário no qual a baixa contribuição dos Governos Estaduais nas políticas
públicas se estabelece nacionalmente com o atraso dos repasses para a saúde e
assistência Social, torna-se inevitável a manutenção de serviços básicos. Os
municípios, responsáveis diretos por implantar a grande maioria das políticas
do SUS, são os que sentem primeiro, e com mais intensidade, os efeitos da crise
financeira e a pressão por melhorias na qualidade dos serviços.
Patriota, reforça o quadro de precariedade, apresentando uma qualidade muito
distante da necessária. Nesse âmbito o repasse dos recursos para o transporte
dos alunos pela União é de R$12,00 por mês/aluno, o que corresponde a R$ 0,72
por dia/aluno”. Se consideramos o valor da tarifa A, menor tarifa do transporte
coletivo adotada no Recife, aluno nenhum estudaria, devido à insuficiência de
recursos”, diz ele. Em relação a merenda escolar,criada como um programa
complementar de segurança alimentar, a União repassa apenas R$0,30 (trinta
centavos) por dia/aluno. Dá para acreditar? pergunta Patriota. Hoje nem uma
pipoca se compra.
presidente da Amupe, vem o bloqueio a operações de créditos externos, tanto
para os municípios como para os governos estaduais, o que inviabiliza a
capacidade de investimentos em um momento tão difícil,e essa realidade complexa
exige que autoridades nacionais, regionais e locais trabalhem cada vez mais
unidos no compromisso comum com os seus cidadãos. Nesse contexto afirma José
Patriota”, nós prefeitos destacamos a necessidade urgente de uma pactuação
federativa para uma construção de decisões estratégicas sobre agendas comuns e
a redistribuição mais equilibrada de atribuições e partilhas de recursos entre
União, Estados e Municípios, assim como o caminho que se avista para o momento
a reedição da CPMF, desde que os municípios fiquem com parte desse tributo”,
reforçou.