paralisação das atividades e nenhum sinal de avanço nas negociações junto ao
Governo Federal, os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em
Pernambuco realizaram, na manhã desta segunda-feira, mais um protesto na
tentativa de resolver o impasse. O ato ocorreu em frente à Gerência Executiva
do INSS Recife, em Santo Amaro, e reuniu cerca de 80 servidores. A meta foi
intensificar a paralisação e pressionar o governo para os pontos-chaves da
pauta de reivindicações.
grevista, na avaliação do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em
Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev-PE), é crescente.
Das 65 Agências da Previdência Social de Pernambuco (APS) em funcionamento no
estado, 63 já aderiram à paralisação. A direção do sindicato, até o momento,
faz um balanço positivo das mobilizações nos locais de trabalho e afirma que
90% dos cerca de 1,6 mil servidores aderiram ao movimento grevista.
direção do Sindsprev-PE, uma caravana com cerca de 40 servidores do INSS de
Pernambuco seguiu para Brasília, onde participará de manifestações programadas
para esta semana em conjunto com outras categorias que estão de braços
cruzados. O objetivo é pressionar o Governo Federal e o Congresso Nacional a
atenderem suas reivindicações. As mobilizações são organizadas pelo Fórum dos
Servidores Federais, com participação do Sindsprev/PE e outros sindicatos e
federações.
greve é de que o impasse possa ser resolvido até amanhã, uma vez que na tarde
de hoje e nesta terça-feira, serão realizadas reuniões entre a Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) e o Ministério do
Planejamento, com o secretário das Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça. Na
quarta, um grande ato está programado para acontecer na capital federal.
salarial de 27,5%, que entraria em vigor imediatamente, seguido de aumentos
gradativos durante os próximos quatro anos. Ainda na semana passada, o
Ministério do Planejamento ofereceu 21,3%, parcelado pelos próximos anos. Na
saída da reunião, Sandro Cezar lamentou a falta de proposta do ministro, mas
comemorou a disposição para o diálogo. “O governo tem a intenção de buscar uma
solução, mas ainda não chegamos à prática. Entre discurso e prática há uma
enorme diferença”, pontuou.
entre outros da pauta geral, chamam atenção, segundo o Sindsprev-PE. “O governo
propôs um corte de 50% na gratificação da aposentadoria, o que, em muitos
casos, representa uma redação de até 40% nos rendimentos. Com isso, alguns
servidores terão que esticar a carreira até os 70 anos. Em relação aos novos
servidores, não há um plano de cargos e carreiras e, sem perspectiva de
crescimento no quadro, muitos acabam realizando outros concursos, o que diminui
o número de trabalhadores e aumenta a carga de trabalho. Por último, o índice
oferecido pelo governo nos próximos quatro anos, o que não condiz com a
realidade atual, onde a inflação vem apresentando sucessivos aumentos”,
explicou José Bonifácio.
não há nenhuma paralisação no órgão, uma vez que as negociações com o Governo
Federal vinham se arrastando. Segundo o Sindsprev-PE, nenhuma reivindicação foi
atendida desde então. “As medidas do ajuste fiscal proposto pelo governo tem
causado severas consequências e há casos de falta de segurança e tentativas de
assalto em agências do interior. Como o governo vem ignorando a questão, não
houve alternativa que não fosse a greve por tempo indeterminado”, pontuou o
dirigente.
o Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 21,3%, escalonado em quatro
anos, da seguinte forma: 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em
2019. Para o sindicato, esse reajuste não repõe a inflação acumulada nos
últimos anos e o governo não apresentou resposta para as outras reivindicações
da campanha salarial. Eles reivindicam um reajuste salarial de 27,5% e melhores
condições de trabalho.
proposta do governo foi aprovada por unanimidade pelos dirigentes presentes na
Plenária Nacional dos Sindicatos Federais da Confederação. Estiveram presentes
representados dos estados de Sergipe, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Pernambuco,
São Paulo, Bahia, Goiás e Distrito Federal. Por enquanto, as lideranças da
confederação estão dialogando com as bases sobre as medidas que foram tomadas e
a mobilização dos trabalhadores para a possível greve geral.
da Confederação é que a proposta do governo federal é insuficiente e não
dialoga com a pauta de reivindicações encaminhada pelos servidores federais. Os
trabalhadores querem retomar a pauta original, discutir benefícios, mudança na
política remuneratória do governo federal, gratificações e outros pontos de
destaque da campanha salarial deste ano.
INSS divulgou um comunicado na última sexta-feira (17). Hoje, não há atualização
do balanço no site do órgão. Confira na íntegra:
seus servidores em algumas Unidades da Federação, o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), informa:
agendamento para atendimento em uma Agência da Previdência Social (APS) e que
não sejam atendidos em razão da paralisação dos servidores terão sua data de
atendimento remarcada. O reagendamento será realizado pela própria APS e o
segurado poderá confirmar a nova data ligando para a Central 135 no dia
seguinte à data originalmente marcada para o atendimento.
originalmente agendada como a data de entrada do requerimento, para se evitar
qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados.
135 está à disposição para informar quais as Agências onde não há atendimento
em virtude da paralisação e para orientar os cidadãos.
Previdência Social e o INSS têm baseado sua relação com os servidores no
respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no
reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária e, por isso, mantém as
portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma
solução que contemple os interesses de todos.”