Hoje segunda-feira (07), a Operação Paradise completa três anos. O que intriga muitas pessoas em Araripina é o fato de nunca ter sido divulgado pelo MPF -Ministério Público Federal o resultado do inquérito da Operação Paradise.
Já se passaram 2 anos e 6 meses após a conclusão do inquérito feito pela Polícia Federal (PF). A PF entregou o dossiê das investigações foi enviado ao MPF – Ministério Público Federal, no dia 16 de outubro de 2015. Após o envio ao MPF o órgão teria quinze dias para se manifestar sobre as acusações descritas no processo. Na época uma fonte disse que esse prazo poderia ser estendido em decorrência do imenso volume do processo, pois é, a fonte não estava errada, até agora o MPF não se manifestou.
Entenda como foi a Operação Paradise realizada em Araripina – A Operação Paradise foi realizada no dia (07) de maio de 2015, quando a Polícia Federal em Pernambuco realizou o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão temporária na prefeitura de Araripina. A operação ‘Paradise’ investigou desvios de recursos públicos, fraudes em licitações, entre outros crimes.
Segundo a PF, a investigação iniciou em 2013 e identificou uma associação criminosa dentro da gestão municipal que desviava verbas do Ministério da Educação (MEC) que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas.
Ainda de acordo com a polícia, as investigações revelaram que nos quadros de societários das empresas, que disputavam as licitações, há empregados domésticos e parentes dos envolvidos. Ao fim das negociações, não eram os vencedores da licitação que realizavam as obras, e sim, empresas de parentes de um político local. O nome da operação faz referência ao condomínio ‘Paraíso’ que está sendo construído em Araripina e pertence a um dos investigados.
Além disso, a PF identificou que os recolhimentos do INSS e do FGTS não eram pagos e que as obras eram propositalmente atrasadas para se conseguir mais recursos, mas as construções não avançavam. Para conseguir os recursos os engenheiros da prefeitura enviavam informações, fotografias e atestados de medições falsos.
Os suspeitos foram conduzidos para a delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, também no Sertão de Pernambuco, para prestar depoimento. Os envolvidos podem ser indiciados nos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informática, falsidade ideológica, fraudes em licitações, peculato, prevaricação, sonegação de contribuição previdenciária, uso de documento falso e corrupção passiva. As penas podem variar de 1 a 12 anos de reclusão. A Operação ‘Paradise’ também cumpriu mandados nas cidades de Juazeiro do Norte e Assaré, no Ceará e em Jaicós, Piauí.
Damião Sousa/Araripina em Foco/Foto:Reprodução
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