InícioAraripina em FocoApós intoxicação alimentar em escola da rede estadual de Pernambuco, alunos se...

Após intoxicação alimentar em escola da rede estadual de Pernambuco, alunos se unem e convidam Paulo Câmara para almoçar “Paulo Câmara, saia da picanha e venha comer a galinha da ETE’, diz

Um dia após 60 alunos passarem mal ao comer merenda e colégio no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, estudantes realizaram um protesto e exigiram mudanças na alimentação. Nesta quinta (31), um dos jovens mandou recado ao governador: “Paulo Câmara, saia da picanha e venha comer a galinha da ETE”, disse, se referindo à Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda.

O caso de intoxicação alimentar ocorreu na quarta (30), depois do almoço. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), alunos tiveram que ser socorridos.

Onze jovens deram entrada no Hospital Mendo Sampaio, também no Cabo, e receberam alta no início da noite. Os alunos que participaram do protesto afirmaram que o problema da alimentação na escola técnica ocorre há algum tempo.

Os alunos que participaram do protesto afirmaram que o problema da alimentação na escola técnica ocorre há algum tempo. Eduardo Gabriel, o jovem que convidou o governador para almoçar na instituição de ensino, afirmou que já teve intoxicação alimentar e foi levado para o hospital. “Eu passei cinco dias em um hospital no Recife. Tomei muitos remédios e injeções”, declarou.

Pai de um dos alunos, José Joaquim cobrou para que providências sejam tomadas. “Se houve uma questão de negligência de a comida não estar em bom estado, eles devem vão resolver. Espero que resolva para não acontecer mais isso” disse.

Também nesta quinta, antes do protesto dos alunos, a Vigilância Sanitária fez uma inspeção na escola. A instituição tem 490 alunos e recebe a merenda produzida pela General Goods, uma empresa terceirizada.

A empresa disse que “está reforçando os procedimentos de segurança alimentar na unidade escolar”. Afirmou que está no mercado há 30 anos e que serve 100 mil refeições por dia em Pernambuco e no Rio de Janeiro, para clientes públicos e privados.

De acordo Gerência Regional de Educação Metropolitana Sul, responsável pelo colégio, uma equipe de nutricionistas foi enviada ao colégio para analisar a qualidade da comida servida na quarta.

Segundo o governo, um laudo microbiológico da refeição servida na quarta é aguardado para que seja identificado o que de fato aconteceu. O prato que teria provocado a intoxicação alimentar foi um estrogonofe de frango servido na merenda do almoço. A mãe de um dos jovens disse que o filho relatou vários problemas. O feijão estava com cheiro e gosto ruins e a galinha parecia que tinha areia dentro.

Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Esportes do Estado informou, nesta quinta, que “prestou os primeiros socorros aos jovens, acionou o Samu e entrou em contato com os pais e responsáveis”.

Ainda de acordo com a secretaria, nesta quinta, as aulas aconteceram período da manhã e os estudantes foram liberados na hora do almoço.

Na sexta (1º), acrescentou o estado, as aulas presenciais serão suspensas na unidade de ensino. A ideia é que “novas reuniões sejam realizadas e haja o melhor acompanhamento do caso por todos os órgãos responsáveis”. Por causa desse procedimento, os estudantes terão aulas pela internet.

Sobre a alimentação servida na escola técnica, o governo informou que a unidade tem equipe de oito nutricionistas .

Esses profissionais, afirmou o estado, fazem visitas técnicas de inspeção sanitária e acompanhamento do andamento do processo de alimentação e nutrição no ambiente da escola.

“O cardápio das refeições servidas na escola integral é criado pela equipe de nutricionistas da Secretaria de forma balanceada, e que respeita todas as recomendações nutricionais de acordo com a faixa etária de cada turma”, acrescentou.

Reportagem: G1

Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
RELACIONADOS