Como havíamos divulgado ontem, o Araripina em Foco entrevistou o médico Aluísio Coelho (PP), que foi candidato a prefeito de Araripina nas eleições de 2016, onde saiu derrotado pelo candidato e atual prefeito Raimundo Pimentel (PSL).
Rompendo o silêncio o médico responde algumas perguntas ao blog e faz declarações a respeito da gestão Pimentel e também sobre declarações de sua esposa a deputada Socorro Pimentel (PSL).
Perguntas:
AF – Dr. Aluísio, você será candidato a deputado estadual ou federal?
Aluísio – Meu caro Damião, passamos por uma eleição há pouco mais de 6 meses, acho muito prematuro falar sobre candidaturas, meu partido é da base do governo, tenho uma ótima relação com o atual presidente da sigla. Vou fazer meu trabalho, ouvi as pessoas e discutir o Araripe.
AF – A sua ligação com o grupo do ex-prefeito Alexandre como está?
Ele respondeu que não tem ligação com o grupo, mas que também não é um inimigo político.
AF – Será que o PP por ser ligado ao governo não vai passar por algum problema com sua candidatura, já que em Araripina existe uma deputada da base do governo?
Aluísio – Meu partido é da base do governo, mas ainda não discutimos sobre esses detalhes, no momento oportuno iremos falar sobre, acredito que ainda está muito cedo para isso.
AF – Empresário Valdeir Batista, principal aliado no início de sua campanha, o que podemos até classifica-lo como padrinho político seu em Araripina, declarou que vai apoiar à deputada Roberta Arraes, como fica a relação entre você e ele, e isso você considera como o quê? Uma perca política, ou você não vê dessa forma?
Aluísio – Valdeir Batista é meu amigo particular e continuará sendo, independente de política.
AF – Vereadores que foram eleitos e reeleitos defendendo a bandeira do novo, sua bandeira, todos gritam que são aliados da deputada Roberta Arraes (PSB). Como você reage a isso, já teve alguma conversa com eles?
Aluísio – Tenho um bom relacionamento com os vereadores da oposição, mas não falamos em futuras candidaturas.
Veja a nota que Aluísio Coelho escreveu:
Não basta ganhar as eleições, é preciso equilíbrio entre o falar e o fazer. Em 2016, disputei as eleições para a prefeitura de Araripina, neste período e desde que faço política, entendo que as velhas disputas e brigas partidárias em nada resolverão as questões do município.
Neste entendimento, quero deixar claro que a deputada Socorro Pimentel cometeu uma injustiça comigo e com o meu grupo político, quando entrevistada na emissora de rádio, de propriedade do seu marido, chamou toda oposição de irresponsável, quando até aqui, temos esperado que a atual gestão, diga para que veio, enquanto prefeito de Araripina, coloque em prática a sua raivosa fala de campanha.
Temos utilizado o silêncio e ouvido a voz que vem das ruas, e isso assusta; as vozes são de lamento, de queixas e decepções, um verdadeiro eco em cada esquina, que utiliza o dito popular: “O prefeito está mais perdido que cego em tiroteio”. São manifestações espontâneas, de todas as classes e de todos os recantos do município. Enquanto adversário, mesmo percebendo essa lentidão, a constante ausência do prefeito e principalmente a falta de uma ação que de fato seja importante para a cidade, optei por dar um prazo, fiz uso da paciência, em respeito ao nosso povo, que votou e elegeu seus representantes para trabalharem, para atuarem em defesa da cidade.
É preocupante essa guerrinha em rádios, cada emissora tem seus profissionais preparados para promover a diversão e levar as informações. É preciso um basta nesta prática, e aqui rompo o meu silencio, já são quase cinco meses de espera, e o povo que ora se desilude é o mesmo que nos incentiva para essa decisão, e vamos atende-lo, apresentando soluções e cobrando providencias.
Enquanto opositor deste prefeito, não devolvo a ofensa para a deputada, mas peço-lhe, que seja mais cautelosa nas suas palavras e mais ágil no seu trabalho enquanto parlamentar, afinal, entrevista em rádios e filmes nas redes sociais, certamente não trarão novos empregos, segurança, saúde, que a população tanto precisa, mas é só isso que temos visto neste ano: muita fala e pouco trabalho.
|Por Damião Sousa |Foto:Reprodução|
