A liberação provisória de dois suspeitos de incendiar 12 veículos apreendidos na frente da Delegacia de Araripina, Sertão do Araripe, no dia 1º de janeiro de 2025, gerou revolta e indignação entre os policiais civis da cidade e, especialmente, na Associação dos Delegados de Polícia Civil de Pernambuco (ADEPPE).
A decisão judicial que permitiu a soltura dos criminosos gerou uma onda de insatisfação entre os agentes de segurança e a população local. Segundo a ADEPPE, a liberação dos envolvidos transmite um perigoso sentimento de impunidade e enfraquece a credibilidade das instituições perante a sociedade. A entidade ressaltou a necessidade de decisões mais criteriosas, que levem em conta o impacto social e a gravidade dos crimes.
Os criminosos, além de incendiar os veículos apreendidos, também atingiu o muro lateral da delegacia, colocando em risco a segurança dos policiais e civis que estavam no local. A ação criminosa demandou a rápida intervenção do Corpo de Bombeiros para evitar maiores danos. Após cometerem o crime de vandalismo, foram presos em flagrante, mas, surpreendentemente, no dia 2 de janeiro, tiveram a liberdade concedida por meio de uma decisão judicial. Este episódio gerou uma onda de críticas e preocupações, com os policiais civis questionando a eficácia das medidas legais e o comprometimento do sistema de justiça com a segurança pública.
Em nota oficial, a ADEPPE expressou seu repúdio à decisão judicial, classificando-a como uma afronta ao trabalho da Polícia Civil e à segurança da população. A Associação destacou que os suspeitos não deveriam ter sido liberados tão rapidamente, dada a gravidade do ato criminoso, que envolveu não apenas o incêndio de veículos, mas também o desrespeito à autoridade policial e ao local de custódia.
“A concessão da liberdade provisória aos responsáveis por esse crime é um retrocesso para a segurança pública de Pernambuco. A decisão coloca em risco o trabalho da Polícia Civil e a confiança da sociedade nas instituições. A ADEPPE não pode se calar diante de uma situação tão grave”, afirmou a nota da associação.
Após a revolta causada pela liberação dos criminosos, a Polícia Militar de Araripina, por meio de uma operação da ROCAM da 9ª CIPM, prendeu novamente os suspeitos nesta quarta-feira (08/01). A prisão ocorreu após o cumprimento de mandados de prisão expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Araripina, com base em informações da equipe Malhas da Lei. A dupla foi detida e levada à Delegacia de Polícia Civil de Araripina para os procedimentos cabíveis.
A ADEPPE segue acompanhando o caso e exige que as autoridades competentes tomem medidas para garantir que a justiça seja feita de forma adequada e que os responsáveis pelo incêndio nos veículos sejam punidos conforme a lei.
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Redação: Allyne Ribeiro/ Foto: Reprodução