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Após três dias de terror, greve chega ao fim com benefícios assegurados para a categoria, e mantendo a proposta de 14,55% no reajuste

Os policiais militares
e bombeiros do estado encerraram a greve após 50 horas de terror pelas ruas da
Região Metropolitana do Recife. No período, assaltos em série contra lojas,
motoristas, transeuntes e prisões dividiram espaço com boatos sobre linchamento
e até estupro dentro de universidades. A categoria só resolveu voltar às
atividades com o compromisso do governo de atender a pauta de reivindicações.
Um grupo pequeno ainda ficou insatisfeito com a decisão, tendo em vista que o
aumento desejado – 50% para soldados e 30% para oficiais – não pode ser
concedido por se tratar de ano eleitoral.
“Existem vários
ganhos para a categoria e não vemos mais razão para continuar a greve. O Recife
parou. Ficou igual a feriado. Cidade deserta. Comércio fechando as portas mais
cedo. Além disso, conseguimos parte do que queríamos e vamos continuar lutando
pelo restante”, explicou o soldado Joel Maurício, um dos líderes do
movimento. A categoria resolveu retomar o trabalho depois de uma negociação com
os deputados estaduais Daniel Coelho, Terezinha Nunes, Adalberto Feitosa, Sérgio
Leite e Odacy Amorim, na Assembleia Legislativa de Pernambuco. No encontro,
foram anunciados os benefícios oferecidos pelo Governo de Pernambuco para o fim
da greve. O Tribunal de Justiça de Pernambuco também considerou a paralisação
ilegal e seria cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia caso a categoria não
retomasse as atividades.
A cada cinco anos, os
praças deverão ser promovidos como parte integrante do Plano de Cargos e
Carreira. O Comando Geral da Polícia Militar também designou a revisão no Código
Disciplinar. A medida pode acabar com as detenções por comportamento dos
militares.
Sobre a melhoria na
infraestrutura do Hospital da Polícia Militar, foi anunciada reforma na unidade
e ampliação da rede de atendimentos com a construção de centros médicos no
interior. Sobre o reajuste salarial, o aumento de 14,55%, que já estava
garantido por negociação anterior, a ser recebido em junho, foi mantido. O
risco de vida, que é creditado como gratificação, deverá ser incorporado ao
soldo, o que levará o benefício também para os inativos.

A comissão de
representantes da Polícia Militar ainda ressaltou que, na primeira semana do
próximo ano, a categoria voltará às ruas para cobrar o aumento de 50% para
soldados e 30% para oficiais.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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