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Araripina: Centro de Educação Infantil vai receber o nome de Déborah Lage

O projeto 008/2020 do Poder Executivo Municipal, através do prefeito Raimundo Pimentel, entrou em votação na Câmara de vereadores de Araripina, na noite desta quarta-feira (26/08), onde denomina de Débora Mascarenhas Arraes Lage o novo Centro de Educação Infantil que será está sendo construído na antiga escola Juscelino Kubitschek.

O nome é uma homenagem a pequena Déborah que partiu precocemente, ela era filha de Airton Lage e Socorro Mascarenhas.

A história de Déborah é emocionante e também uma grande lição de vida, pois mesmo partindo tão cedo, teve um propósito de alegrar e passar amor para aqueles que a conheceram.

O ano de 1991 foi um divisor de águas na vida do casal Airton Arraes Lage e Maria do Socorro Nogueira Mascarenhas Lage. Precisamente no dia 20 de setembro, nasceu a tão esperada filha Déborah Mascarenhas Arraes Lage, posicionando-se entre o filho primogênito Arnalto Mascarenhas Arraes Lage e o caçula Ticiano Mascarenhas Arraes Lage. Sendo, portanto, a única filha mulher do então jovem casal.

Sua vida foi breve. No entanto, foi muito intensa na sua alegria, vivacidade e em uma expressiva vocação de liderança. A pequenina Déborah ingressou na pré-escola e é neste ambiente do Centro Educacional do Araripe que floresce as suas primeiras amizades fora do amado grupo de primos e primas.

Alegre, disciplinada e muito decidida, a pequena Déborah era sempre um facho de luz a brilhar com sua personalidade e estilo marcantes, que foram interrompidos muito cedo por conta de um diagnóstico que dilacerou o coração de sua mãe, de seu pai, irmãos, avós, tios, primos e de seus amiguinhos.

Em março de 1996 – com pouco mais de 4 anos – os exames revelaram uma grave e fatal doença: Leucemia Mieloide Aguda. O tratamento de um ano e quatros meses a separou da sua casa, sua família, sua escola, seus amigos. Mas a sua força e coragem impressionavam a todos. Cativou e foi cativada pelos profissionais de saúde da cidade de Recife, onde lutou bravamente para viver, suportando no seu pequeno corpo febril três longas e angustiantes seções de quimioterapia, alternadas com radioterapia, para tempos depois vir o que seria a grande vitória: sua cura e autorização para voltar a escola.

O sonho, entretanto, durou pouco. Na primeira consulta de revisão um novo problema, ocasionando novas internações, até que no fatídico dia 22 de abril de 1997 a pequena Dedé, como era tratada carinhosamente, não resistiu a tantos furiosos ataques e remédios, deixando a vida nos braços da sua maior, melhor e inseparável companhia, sua mãe, que a partir de então, divide a inesgotável saudade com seu esposa Airton e toda família.

Déborah na sua infância e morte precoce, deixou inúmeras lições e um exemplo de resiliência, mas definitivamente a maior de todas é a compreensão da finitude da vida e a sacralidade da morte que acontece a toda horae, atualmente, em grande escala. Transformando-se, assim, em fria estatística. Mas para o núcleo familiar é sempre um drama e um motivo de sofrimento que só é amenizado com esta certeza: que temos um Deus e que Ele nos possibilitará, em um tempo qualquer, o grande reencontro e desta vez com muita vida e vida em abundância.

A nossa homenagm à pequena Déborah, aos seus pais e a toda numerosa família e amigos que de tudo fizeram para amenizar tamanho sofrimento.

AF News/Redação/Foto: Reprodução

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