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ARARIPINA: UMA CRATERA PARA CONSERTAR

Apesar de parecer que os habitantes do Município de Araripina, Sertão de Pernambuco, mora em uma cidade que foi construída numa área geográfica acidentada, sendo vista por um ângulo reto literalmente dentro de um buraco, não é isso que o urbanismo, apesar de acelerado pelos arquitetos políticos e mercenários numa área desordenada, terem facilitado os erros arquitetônicos, comungados pelo “caixinha” e pela “propina” ela, a cidade, é ainda mesmo que destruída pela incompetência gerencial, a Princesa do Sertão. Por que digo isto? Porque o meu olhar é para um futuro menos desastroso e mais desenvolvimentista.

Araripina precisa tomar como rumo a experiência que o Japão mostrou para todo mundo ver em termos de competência administrativa. Não temos só buracos para consertar em uma semana, mês ou ano, temos uma cidade para construir porque foi entregue a uma família que nunca primou por competência e nem habilidade, nem nunca preservou os negócios que foi herdado pela capacidade empresarial do pai, que era como prova, o único empreendedor. O patriarca morreu e todas as empresas nas mãos dos filhos faliram e como prêmio, o povo de Araripina entregou para que eles governassem a galinha dos ovos de ouro do Araripe.

Agora precisamos ficar de pé. Fechar os buracos, consertar as crateras, torcer para que os asfaltos “casca de ovo” resistam mais tempo às chuvas, mesmo que escassas, que devem cair agora entre novembro a março. Os pseudos-arquitetos, aqueles que dão um jeitinho para que o habite-se seja liberado quando os seus bolsos estão entupidos de notas ilícitas, precisam ser vigiados. Os fiscais, os engenheiros (se temos para essas funções), o secretário de Infraestrutura, da Saúde, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Econômico, precisam ficar atentos para que comecemos a corrigir os desastres da nossa URBE que é hoje protagonista da desordem da falta de projeto urbanista.

O Japão conseguiu consertar um buraco enorme (de 30 metros de largura) em uma das avenidas mais movimentadas da cidade de Fukuoka. O buraco além de enorme, uma verdadeira cratera de 15 metros de profundidade, apareceu do nada, com a suspeita de que o afundamento foi provocado pelas obras para a ampliação de uma linha de metrô, informou a agência “Kyodo”.

Aqui não só em Araripina, mas no Brasil, as prefeituras tem sido ineficientes quando a questão é manter as ruas em perfeita situação de tráfego. Buracos devidos à falta de manutenção nos calçamentos e asfalto mal planejados tem sido constantes e os transtornos aumentam os volumes de queixas das comunidades, principalmente quando surge os esgotos estourados e o período chuvoso se aproxima, que a preocupação se torna ainda maior, por conta dos vetores que podem transmitir várias doenças.

Araripina não será entregue ao próximo prefeito “bonitinha” como preconiza ironicamente o atual gestor Alexandre Arraes. Nesse caso, ele pode ser comparado a um tremendo gozador. Um piadista de quinta categoria. No Japão foi apenas um grande buraco que apareceu em uma avenida para ser consertado em uma semana com operários trabalhando dia e noite, além do prefeito da cidade, Soichiro Takashima, garantir que o solo estava 30 vezes mais resistente e que ainda ia determinar uma comissão de especialista para estudar a causa exata da cratera.

Aqui em Araripina, o prefeito Arraes (PSB) se vangloriou quando “pavimentou” algumas ruas do centro da cidade. A espessura do asfalto realizado com recursos do Fundo de Apoio aos Municípios – FEM seria algo já duvidoso para se questionar a obra que em poucos dias já apresentava sinais de problemas, como derretimento e fissuras. Os seus aliados comemoravam o feito de um investimento que provavelmente com o retorno das obras do esgotamento sanitário, veremos mais uma vez o dinheiro do contribuinte escorrendo pelo ralo.

Artigo de O Grande Jornal – Mês de Novembro

Por Everaldo Paixão

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