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Argélia bate a Coreia, dá fim a jejum de 32 anos e sonha com as oitavas

Time africano vence
jogo de Copa pela primeira vez desde 1982 e fica mais perto de vaga inédita na
fase eliminatória. Asiáticos ainda têm chances

O futebol da Argélia
tirou um peso das costas no Beira-Rio. A equipe africana encerrou neste domingo
um jejum de 32 anos sem vitórias em Copas do Mundo, admitido como obsessão, ao
superar a Coreia do Sul por 4 a 2, no Beira-Rio. Slimani, Halliche, Djabou e
Brahimi foram os heróis de sua seleção, que havia triunfado pela última vez na
edição de 1982, sobre o Chile. De lá para cá, foram sete jogos, com três
empates e quatro derrotas. Também foi a primeira vez que um time da África
marcou quatro gols em um só jogo na história do torneio. Son Heung Min e Koo Ja
Cheol descontaram para os coreanos.
Com uma de suas tarefas
no Mundial cumprida, agora a Argélia sonha com a inédita classificação para as
oitavas de final. Para que isso se concretize, um empate diante da Rússia pode
ser o suficiente, uma vez que os argelinos têm três gols de diferença no saldo
para os coreanos, que pegam a líder e já classificada Bélgica. Argélia e Rússia
se enfrentam na Arena da Baixada, em Curitiba, enquanto Coreia do Sul e Bélgica
jogam na Arena Corinthians, em São Paulo. As duas partidas serão realizadas na
próxima quinta-feira, às 17h (de Brasília).
Argélia assume postura
ofensiva e põe vitória nas mãos
Com cinco alterações
com relação à equipe derrotada pela Bélgica na estreia, a Argélia parecia estar
concentrada ao ponto de deixar de lado as divergências entre jogadores e
técnico. O abraço entre todos do elenco, titulares e reservas, à beira do campo
instantes antes do apito inicial mostrou isso, assim como a postura muito
agressiva no ataque nos primeiros minutos, quando logo apareceu uma boa chance
de marcar com Brahimi, em lance no qual os africanos pediram pênalti em
Feghouli. Aparentemente, a queda de braço foi vencida pelo elenco, que queria
uma postura mais ofensiva em campo.
A Coreia, que a
princípio ficou recuada diante da pressão adversária, passou a se soltar nos
contra-ataques em que a defesa argelina demorava a se recompor, embora nenhuma
chance perigosa tenha sido criada para os asiáticos na primeira metade do tempo
inicial. A grande oportunidade novamente veio dos pés argelinos, quando
Feghouli deu lindo passe para Slimani bater para fora, aos 25. Um minuto
depois, o atacante do Porto não desperdiçou: aproveitou outro bom lançamento de
Medjani e tocou na saída de Jung Sung Ryong.
Empolgada com a força
da torcida, a Argélia foi para cima de vez. Novo ataque, nova chance perigosa,
com Slimani batendo para fora, com desvio. No escanteio, Djabou cobrou, e
Halliche testou para as redes: 2 a 0, aos 27 minutos. A torcida argelina, que
já era mais barulhenta que a coreana no Beira-Rio, explodiu de vez e cantou sem
parar. E os africanos precisaram de mais 10 minutos para se colocarem em zona
de conforto quase definitiva: após chutão na zaga, Slimani recebeu na área,
dominou e tirou o zagueiro, tocando para Djabou, que vinha sozinho e tocou na
saída do goleiro. Pela terceira vez, delírio nas arquibancadas e abraços entre
titulares e reservas à beira do campo, com o técnico Vahid Halilhodzic apenas
observando.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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