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“As pessoas de Ouricuri não estão sendo representadas por um corpo unido de legisladores e fiscalizadores do governo público”, diz leitor

Por Felipe Milani

Nesta última
terça-feira (dia 10) na Câmara dos Vereadores, aguardava eu, como de praxe,
ansiosamente por mais uma sessão aonde se deliberaria sobre assuntos, penso eu,
de interesse da população ouricuriense, quando a primeira frase que ouvi da
parte do presidente em exercício foi: “essa sessão não poderá ser realizada por
falta de quórum”.
Segundo o dicionário
Priberam, quórum é o “número necessário de membros para que uma assembleia
possa funcionar”, ou seja, haviam mais cadeiras desocupadas do que ocupantes
para as cadeiras.
Conforme a Lei Orgânica
do município de Ouricuri, no seu Art. 34 “As sessões somente poderão ser
abertas com a presença de no mínimo metade mais um, dos seus membros”, e
adivinha quantos membros se encontravam lá? Seis! E qual é o número de
vereadores? 13!
Puxa, só mais um
indivíduo e já daria tudo certo para abrir as discussões e todos que ali
aguardavam junto comigo sairiam conhecedores um pouco mais sobre o que nossos
representantes estão fazendo pelo povo!
Grande engano… Fiquei
pensando: será uma coincidência? Um fruto do acaso? A outra metade está
doente?  Eles estão viajando? O que será
que aconteceu?
Mas daí o povo que
estava na parte externa do prédio flagraram, neste meio tempo entre espera e
aviso de falta de quórum, alguns elementos, isto é, vereadores que compõem a
Câmara saindo de fininho pela “porta dos fundos” sem dar satisfação.
Digo isso, pois se
tivessem dado satisfação, a mesa diretora, por educação informaria aos
presentes no local as devidas justificativas de cada fugitivo, quer dizer, de
cada vereador ausente (se estava ficando doente, se esqueceu do paletó em casa,
etc).
Independentemente do
que seria discutido nessa sessão do dia 10/06/14 na Câmara dos Vereadores de
Ouricuri (mas valeria a pena averiguar), ou o porquê alguns vereadores não
quiseram/não puderam participar, para mim ficou muito claro uma coisa – e que
pode ser óbvio para alguns: As pessoas desta cidade não estão sendo
representadas por um corpo unido de legisladores e fiscalizadores do governo
público.
Finalizando, você sabia
que:
O termo [quórum]
originou-se num antigo tribunal britânico chamado “Justices of the quorum”,
cujos membros atuavam de forma solidária, de modo que para que uma decisão
fosse válida, pelo menos um deles deveria estar presente. O corpo referia-se ao
membro presente mediante a fórmula “quorum vos unum esse volemus”, que
significava “dos quais queremos que vós sejais um” (Extraído da Wikipedia)
Desculpe-me! (não sei
porque estou pedindo desculpa), mas isso é o que não vejo nas sessões da Câmara
de Ouricuri, isto é, membros atuando de forma solidária ou uma unidade em prol
de uma causa que deveria ser sempre para o direito e/ou dever do povo, do
governante, das coisas políticas e sociais.

Felipe Milani
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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