Diante da maior epidemia de todos os tempos, o Brasil vive um dilema. Como ajudar as pessoas a ter o mínimo para manutenção das necessidades básicas, sem levar os mesmos a uma contaminação em massa.

Ao mesmo tempo em que o governo pede para que as pessoas fiquem em suas casas, ele disponibiliza o auxílio emergencial que é uma transferência de renda direta. Um programa criado para socorrer as famílias em um tempo que a economia está abalada. Desde o anúncio da liberação dos recursos muitos municípios brasileiros estão sentindo na pele a falta de organização e planejamento por parte governamental. A caixa Econômica Federal ficou incumbida de fazer os pagamentos, mas devido a grande procura pelos beneficiários se viu de mãos atadas, sobrecarregada para atender milhões de brasileiros. Com um quadro de colaboradores extremamente comprometido com poucos profissionais efetivos, o banco está a ponto de um colápso.
Por outo lado, o Governo Federal foi surpreendido com a quantidade de pessoas que solicitaram o auxílio, até mesmo quem não tinha direito solicitou e isto sobrecarregou seus sistemas. Outro duro golpe partiu do Congresso que viu a dificuldade do presidente para pagar os beneficiários que de fato estão dentro dos critérios do auxílio e aumentou para outras categorias de trabalhadores deixando o governo dentro de um navio em auto mar no meio de uma tempestade.
Os municípios por sua vez fazem o que podem, pois todos estão vivendo a mesma situação de ver a população na rua em tempo de isolamento social para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Aqui em Araripina as filas continuem e devem persistir nos próximos dias, já que está liberado o saque para contas da poupança digital. Em Petrolina tivemos nesta segunda-feira a comprovação de que as pessoas não irão ficar em casa. No Rio de Janeiro, o segundo estado mais afetado depois de São Paulo também registra filas enormes. Ou seja, a grande preocupação hoje de todos os agentes públicos e privados é como irão socorrer os próximos contaminados que irão surgir pela desobediência das pessoas e pela falta de planejamento do governo para distribuir a renda assistencial.
Fabrício Feitosa / AF Newss / Redação / Imagem: Reprodução