O deputado Alexandre Baldy (GO) divulgou no site dele, nesta segunda-feira (20), uma nota na qual informou que tomará posse nesta quarta (22) como novo ministro das Cidades.
A informação de que Baldy aceitou o convite do presidente Michel Temer para assumir o Ministério das Cidades foi divulgada na noite deste domingo (19), no Blog da Andréia Sadi.
Após a divulgação no site de Baldy, o Palácio do Planalto confirmou a nomeação.
Baldy substituirá no comando da pasta o também deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que pediu demissão na semana passada.
Mais cedo, nesta segunda, o Podemos, partido ao qual Baldy era filiado, anunciou a saída do deputado porque ele assumirá um cargo no governo.
Para a legenda, a atitude dele de aceitar o convite de Temer para o ministério é “incompatível” com a independência da legenda em relação ao Planalto.
Sobre este assunto, a assessoria do deputado informou que Baldy já havia anunciado a desfiliação, mas ainda não tinha saído por questões burocráticas.
‘Menino de ouro’ de Cachoeira
Baldy foi citado, em 2012, no relatório da CPI que investigou as relações do empresário de jogos de azar Carlinhos Cachoeira com políticos.
No texto do relator, o ex-deputado Odair Cunha (PT-MG), Baldy era apontado como o “menino de ouro de Cachoeira“
A informação foi publicada nesta segunda-feira (20) pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Na época, o relatório foi arquivado na CPI. No lugar, foi aprovado um texto que não indiciou ninguém. Baldy era o então secretário de Indústria e Comércio de Goiás.
O relatório de Odair Cunha também dizia que a relação do agora novo ministro das Cidades e Cachoeira era “quase familiar”.
“Essa próxima e próspera ligação entre o secretário [Baldy] e membros do grupo criminoso chega ao ponto de Alexandre Baldy declarar que tem uma relação ‘quase familiar’ com Cachoeira”, afirmava o texto.
“Não sendo menos sintomática a situação de o secretário ser considerado ‘o menino de ouro’ do bicheiro e contraventor”, continuava o relatório.
Questionado pela TV Globo, Baldy afirmou que nunca teve relação com Cachoeira e que o relatório feito à epoca tinha como objetivo perseguir o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
|Fonte: G1/Foto:Reprodução|