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O incomum do quadro, segundo os médicos, são as bolhas pelo corpo. Foto: Rodrigo Silva/ DP/ DA Press |
acometendo crianças de até dois anos, em Pernambuco, e motiva uma investigação
por infectologistas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc). Há pelo
menos duas semanas, uma sequência de bebês deu entrada na unidade e também no
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) com febre,
irritabilidade e manchas vermelhas que evoluem para bolhas em todo o corpo. O
quadro, incomum em crianças dessa idade, inspira cuidado e ainda está sem
diagnóstico definido.
qualquer relação com a microcefalia, já que todos os bebês investigados têm
perímetro encefálico fora da faixa descrita pela Organização Muncial de Saúde
(OMS) para microcéfalos. As principais hipóteses levantadas pelos
infectologistas é de que o quadro pode ter relação com uma manifestação
diferente da dengue, zika ou chikungunya; ser uma nova manifestação de
enterovírus; ser causado por bactérias como a estreptococos e a estafilococos;
ou ainda ser uma associação das arboviroses com outra infecção.
as bolhas pelo corpo. Elas começam a aparecer geralmente no terceiro dia de
doença. Pelo menos oito crianças deram entrada no Huoc com essa característica.
Algumas delas do Recife e Olinda, outras de municípios como Pesqueira e Arcoverde.
“No serviço de infectologia, costumamos receber casos mais inusitados. Mas,
diante do contexto em que estamos vivendo, tudo o que aparece de novo é motivo
de investigação cuidadosa”, lembra a chefe da infectologia pediátrica do Huoc,
Ângela Rocha.
informada da situação, segundo Ângela Rocha. Na semana passada, pelo menos duas
enfermarias do Huoc permaneceram cheias apenas com pacientes com esse quadro. A
maioria das crianças tem menos de seis meses e algumas delas estão precisando
ficar internadas.
tomou um susto quando viu as bolhas em todo o corpo da filha Esther, de 50
dias. Enquanto também estava doente, a moradora do município de Arcoverde, no
Sertão, precisou acompanhar a filha no internamento. “Fiquei com manchas, mas,
na menina, começou com uma febre acima de 39 graus que não passava. Depois
piorou e só não saiu bolha no rosto. Elas estouraram, parece queimadura. Minha
filha não aguenta nem colocar fralda, grita de dor”, contou ela, enquanto
estava internada com a criança no Huoc.
investigação não é motivo para pânico, mas requer atenção das mães. “Ainda são
poucos casos, mas é preciso que as mães fiquem atentas e levem para unidades de
saúde, para o pediatra avaliar. Crianças nessa faixa etária têm um sistema
imunológico mais frágil.” DIARIO PE
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