O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 30 nomes foram indiciados pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (17) no inquérito que investiga uma suposta arapongagem do ex-chefe do executivo contra opositores durante sua gestão, intitulada de “Abin paralela”.
O relatório da investigação foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), e juntamente com Bolsonaro, estão os nomes do ex-diretor-geral da Agência, deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), e do vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho de Jair Bolsonaro.
O inquérito afirma que a Abin foi aparelhada a um esquema de espionagem ilegal para atender interesses políticos do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares.
Em janeiro do ano passado, os endereços do agora deputado Ramagem foram alvos de busca e apreensão na Operação “Vigilância Aproximada”.
Também no inquérito, o filho do ex-presidente, vereador Carlos Bolsonaro (PL), é apontado como o chefe do “gabinete do ódio”, que utilizava informações obtidas de forma ilegal para atacar os alvos da suposta espionagem.
O inquérito inclui o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, que foi indicado pelo presidente Lula (PT) para o cargo. As investigações apontam que o atual diretor cometeu obstruções de Justiça.
Ao todo, ministros da Suprema Corte, políticos e jornalistas foram monitorados pela suposta arapongagem paralela. Na lista constavam nomes como o dos ministros do STF, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Luiz Fux, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
As investigações também apontam que existia uma espécie de “conchavo”, entre a atual direção da Abin e a antiga gestão, para encobrir os monitoramentos ilegais. Alessandro Moretti, atual número dois da Abin, foi indiciado no caso.
Fonte: Diário do Poder