O costume de consumir carne de caça não é exclusivo da região Nordeste. Em todo o Brasil, pessoas comem carnes de animais silvestres, como o tatu, mas não imaginam os riscos a que estão se submetendo.

Pesquisas mostram que o tatu é reservatório de inúmeras doenças, entre elas hanseníase, leishmaniose e doença de Chagas. E o risco não está somente em comer a carne do animal, mas também nos atos de caçar ou criar o bicho.
Recentemente, no Piauí, dezenas de pessoas contraíram micose pulmonar ao tentar capturar o tatu, tendo assim contato com o fungo presente no solo próximo à toca. Três pessoas morreram e duas pessoas estão na UTI em tratamento.
O contato com animais silvestres pode ser perigoso. Papagaios, por exemplo, carregam consigo uma bactéria que pode causar um problema respiratório nos seres humanos, principalmente em crianças e idosos. Já quem tem contato com micos e macacos corre o risco de contrair raiva.
Répteis, como iguanas e jabutis, também merecem atenção: esses animais eliminam em suas fezes a bactéria salmonela, que em contato com humanos pode causar de uma diarreia até quadros graves cardíacos e neurológicos. Ele ainda derrubou o mito popular de que o jabuti cura a asma em crianças.
Vida e Saúde / Imagem: Reprodução