oitavas de final, a Colômbia entrou em campo para enfrentar o Japão, nesta
terça-feira, em Cuiabá, com um time quase inteiro reserva e mesmo assim venceu
a sua terceira partida pelo Grupo C da Copa do Mundo, em uma incontestável
goleada por 4 a 1. Assim, o time do técnico argentino José Pekerman garantiu o
primeiro lugar da chave e a classificação com 100% de aproveitamento, algo que
até aqui só a Holanda havia conseguido.
o que tinha a Colômbia na história das Copas até chegar ao Brasil – uma em
1990, uma em 1994 e outra em 1998. Na Arena Pantanal, os colombianos mais uma
vez foram apoiados por dezenas de milhares de torcedores, assim como já havia
acontecido nos 3 a 0 sobre a Grécia, no Mineirão (Belo Horizonte), e nos 2 a 1
sobre a Costa do Marfim, em Brasília.
fazer um clássico sul-americano nas oitavas de final contra o Uruguai. A
partida será no Rio, neste sábado, às 17 horas, quando os uruguaios vão
reencontrar o Maracanã em um Mundial 64 anos após o Maracanazzo. Os colombianos
tentarão chegar às quartas de final pela primeira vez na sua quinta Copa do
Mundo.
significa a eliminação. A equipe vinha de um revés para a Costa do Marfim (2 a
1) e empate com a Grécia (0 a 0) e acabou no último lugar do Grupo C, com
apenas um ponto – a segunda vaga ficou com os europeus. Assim, manteve a sua
irregularidade: ficou em nono em 2002 e 2010, ao mesmo tempo em que terminou
entre os últimos em 1998, 2006 e agora em 2014.
terça já estava definida, José Pekerman colocou em campo o goleiro Mondragon.
Aos 43 anos (completou há três dias), se tornou o jogador mais velho a
participar de uma partida de Copa do Mundo em todos os tempos. O goleiro bateu
o recorde que era de Roger Milla, de Camarões, que jogou aos 42 anos em 1994.
Nos acréscimos, ele fez um milagre para defender o que seria o segundo gol
japonês.
garantida, José Pekerman resolveu poupar praticamente o time inteiro. Da equipe
que venceu a Costa do Marfim, há cinco dias, só foram mantidos o goleiro
Ospina, o lateral-esquerdo Armero e o meia Cuadrado. Todos outros oito
titulares foram sacados da equipe, abrindo espaço para nomes como Adrián Ramos
e Jackson Martínez.
mostrou dificuldades na criação. O Japão, por sua vez, finalmente tinha Kagawa,
do Manchester United, no time titular do técnico italiano Alberto Zaccheroni. E
precisando vencer a qualquer custo, os japoneses começaram a partida
arriscando. Na melhor oportunidade, porém, Ospina agarrou firme o chute de
Hasebe.
veio o gol colombiano. Kono tentou o desarme, mas Ramos protegeu bem e acabou
sendo atingido antes da bola. Pênalti claro, que Cuadrado bateu forte, sem
qualquer chance de defesa para Kawashima.
era melhor. Aos 26 minutos, Kagawa fez como os craques da Copa e colocou a bola
“embaixo do braço”. Limpou o zagueiro e bateu firme, mas Ospina foi
na bola e pegou. Okubo tentou de bicicleta, aos 36, mas a bola foi para fora.
Honda, de falta, teve duas oportunidades. Na melhor delas, mandou à esquerda do
gol.
vencer, porém, fazia o Japão conceder o contra-ataque. A Colômbia chegou bem à
área duas vezes, mas falhou em ambas tentando embelezar a jogada. Já nos
acréscimos, Quintero teve a chance, mas fez graça e se jogou em busca de uma
falta. O árbitro nada deu e o Japão saiu em contra-ataque. Honda fez jogada
pela direita e cruzou para Okazaki, que deu um peixinho de costas e fez bonito
gol, no último lance do primeiro tempo.
Pekerman fez duas substituições. Tirou Cuadrado, titular indiscutível, e
colocou em campo Carbonero. Por outro lado, sacou Juan Quintero, mal na
partida, para a entrada de James Rodríguez, outro titular. E as mudanças logo
surtiram resultado. Logo na primeira jogada, James tentou invadir a área,
driblou dois, mas foi desarmado. Aos 9 minutos, o gol. O meia recebeu na
meia-lua, ameaçou o chute e abriu para Jackson Martínez, que chutou cruzado,
rasteiro, e voltou a colocar a Colômbia à frente.
da Grécia na Arena Castelão, o Japão precisava apenas da vitória para se
classificar e foi em busca desse resultado, tomando a iniciativa da partida.
Aos 20 minutos, quase empatou com Okubo, completando cruzamento de Uchida. Só que
a postura ofensiva abria espaço para o contra-ataque da Colômbia, que perdeu
uma chance em chute torto de Jackson Martínez e outra em passe fraco de Adrián
Ramos.
houve falha. Após passe perfeito de James Rodríguez, Jackson Martínez recebeu
na área, deixou o zagueiro passar reto e bateu no canto direito do goleiro. Aos
43, James fez o terceiro dele na Copa pedalando na frente do zagueiro e batendo
por cima do goleiro. Na comemoração, muito “armeration”
Uchida, Konno, Yoshida e Nagatomo; Hasebe, Aoyama (Yamaguchi), Kagawa
(Kiyotake) e Honda; Okubo e Okazaki (Kakitani). Técnico: Alberto Zaccheroni.
(Mondragon); Santiago Arias, Valdés, Balanta e Armero; Juan Quintero (James
Rodríguez), Guarín, Mejía e Cuadrado (Carlos Carbonero); Adrián Ramos e Jackson
Martínez. Técnico: José Pekerman.
(pênalti), aos 16, e Okazaki, aos 45 minutos do primeiro tempo; Jackson
Martínez, aos 9 e aos 37, e James Rodríguez, aos 44 minutos do segundo tempo.
Konno (Japão); Guarín (Colômbia).
(Fifa/Portugal).
pessoas.
em Cuiabá (MT).