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Coluna da sexta-feira “O azedo da carne”

Eduardo Cunha, podemos dizer
que ele é o “Azedo” da carne!
O povo brasileiro não
aguenta mais tantos mercenários vendendo carnes, vendendo ilusão, vendo sonhos,
vendendo a dignidade do povo, chega, dessa conversa mole. Que País é esse?
A imprensa se manifesta, mas
o que vemos através desses manifestos, é que a corrupção fala mais alto do que
qualquer grito de liberdade.
Os colunistas da imprensa
conservadora estão nervosos. O motivo é a paralisia das discussões sobre eventual
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, desde que a situação de
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, se tornou insustentável.
Cunha, como se sabe, é
acusado de manter diversas contas secretas na Suíça, onde já foram bloqueados
cerca de R$ 9,6 milhões. Ontem, soube-se o teor de sua defesa: Cunha dirá,
acredite se quiser, que fez fortuna exportando carne moída para o Zaire.
É tão patético, que nem nos
mais paraguaios devaneios da direita brasileira, alguém acreditaria num
processo de impeachment contra uma presidente contra quem não pesa nenhuma
acusação ética tocado por um chefe do Poder Legislativo em tal situação.
Por isso mesmo, os
colunistas da imprensa conservadora abandonaram seu velho aliado de guerra.
“O homem que dá as cartas na Câmara dos Deputados em Brasília, seu
presidente Eduardo Cunha, visto mais uma vez ontem a distribuir o tempo de seus
colegas como se nada estivesse acontecendo fora da rotina, na fria letra da lei
está em estado de flagrante delito”, disse Merval Pereira, no Globo.
No Estado de S. Paulo, Dora
Kramer revelou que a presença de Cunha inviabilizou uma “conspirata”
urdida pelo vice-presidente Michel Temer, do PMDB, e pelo senador Aécio Neves
(PSDB-MG). “Há cerca de 40 dias, o vice-presidente, Michel Temer, e o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves, tiveram uma conversa sobre um eventual
governo de transição. O encontro aconteceu na casa do senador Romero Jucá, em
condomínio nos arredores de Brasília. O assunto não prosperou, inclusive
porque nesse meio tempo entrou em cena o fator Eduardo Cunha”, afirmou
(leia mais aqui).
Nesta sexta-feira, também no
Estado de S. Paulo, Eliane Cantanhêde explicitou a necessidade de um novo
presidente da Câmara para tocar eventual presidente de impeachment – com Cunha,
não dá mais. Por isso mesmo, ela lançou o nome do deputado Heráclito Fortes
(PSB-PI), um dos principais conspiradores do Planalto (confira aqui).
Para completar o quadro, o
jornal O Globo, da família Marinho, publicou editorial afirmando que Cunha
atravanca o País e pedindo que o Ministério Público e o Supremo Tribunal
Federal façam alguma coisa. “Tudo fica na dependência do plano de Cunha de
se agarrar no posto, apesar de todas as provas contra ele. Salvo alguma
interferência do Ministério Público ou do Supremo”, diz a família Marinho.
Como se vê, Cunha se
transformou no bode na sala do golpe. Enquanto ele estiver lá, não haverá
impeachment.
Lula,
não sou corrupto
– Não vou mais admitir que corrupto me chame
de corrupto, diz Lula. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom na
quinta-feira (5) e disse que não vai mais admitir que corruptos o acusem de
corrupção. Durante discurso de quase uma hora na 5º Conferência Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional, o petista também criticou a oposição por
pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Não vou mais admitir que
corrupto me chame de corrupto porque todos esses que ficam nos acusando, se
colocar um dentro do outro, não dá 10% da minha honestidade”, afirmou Lula
durante o evento promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea), do qual é presidente de honra.
Em
Araripina
– Problemas na casa de apoio do Recife levam vereador Genival
da Vila solicitar uma reunião com a secretária de Saúde para debater alguns pontos,
entre eles; a casa de apoio no recife, o reclame é muito grande dessas pessoas
que estão viajando para o Recife onde buscam o seu tratamento, o que está
acontecendo é que estão tirando pessoas da relação e colocando outras. O outro
reclame também vindo da casa de apoio no Recife, é que algumas pessoas já
chegaram a dizer que tem que comprar comida, pois, na casa não estão fornecendo
alimentos.
O vereador pede ao líder da
bancada de situação Francisco Edivaldo, ao líder da oposição Luis Henrique e ao
líder da bancada independente Adeval Regis, que se unam para convocar uma
reunião a com a nova secretária de Saúde do município, onde possa ser apurado
os fatos e que eles sejam resolvidos. 
Atentos

Ouricuri
Vereadores cobram explicações ao prefeito sobre obras paradas em Ouricuri
– Atentos!
É assim que os vereadores se consideram em relação à atual administração
principalmente em relação às obras paradas na cidade.
Na última sessão ordinária
na câmara de vereadores os vereadores de oposição apresentaram um requerimento,
solicitando ao prefeito Cezar de Preto (PSB) que envie ao Poder Legislativo
informações sobre algumas obras iniciadas e não concluídas.
O prefeito Cezar de Preto
tem o prazo de 15 dias para atender as cobras ou solicitar por ofício um prazo
maior.
Vereadores garantem que
dentro do prazo se não receberem encaminharão denúncia ao Ministério Público de
Pernambuco. 
As informações que temos é
que o prefeito não gosta muito de dar explicações aos vereadores, pois, vários
requerimentos foram aprovados e até então nenhuma resposta por parte do gestor
que não teve nem a preocupação de pedir mais tempo para responder as
solicitações.
O
custo da desordem

É possível, claro,
argumentar que foi fatalidade. Imaginar que a culpa é dos outros. Que a crise é
internacional. Que tudo vai passar rápido. Que após a travessia, brilha a terra
prometida. Possível é. Mas não é verdadeiro. Muito menos verissímil.
Diante da monumental falha
nos sistemas de governança da pátria amada, convém refletir. Vale a pena ser
(ou tentar ser) objetivo. Entender que a chave é prevenir a repetição do
desastre. Ou no, mínimo, desse tipo de desastre.
Surpreende, portanto, a
falta de preocupação com a correção dos elementos que, afinal de contas, foram
responsáveis pelo sofrimento presente e futuro. Que ninguém se engane. Este é
somente o começo da crise. A duração e a extinção vão depender, em grande
medida, da maneira como o país, suas instituições e suas empresas reformarem
(ou não) seus sistemas de governança.
Prevenção é trabalho
ingrato. Requer competência, desprendimento e determina cação. E, em troca,
oferece benefícios intangíveis como credibilidade, estabilidade, e, por falta
de palavra melhor, desenvolvimento.
Por isso, intelectuais,
reguladores, investidores, empresários, políticos e, principalmente, a
sociedade civil, deveriam estar debruçados sobre as reformas necessárias à
prevenção de desastres futuros semelhantes aos atuais.
É preciso cobrir uma pletora
de considerações, ações, estruturas, hierarquias, e processos para que se
garanta o efetivo sucesso e qualidade da gestão publica e privada. Do trabalho,
contraria interesses, e é coisa para muitos anos. Talvez seja essa a primeira
razão para a indiferença com que o tema é tratado. Em um ambiente em que tudo o
que importa parece ser os próximos dias, pensar em reforma de instituições,
mudança de valores e melhorias no controle parece mesmo ser sonho destinado ao
esquecimento.
Mas, mais forte do que a
indisposição para o trabalho de longo prazo, talvez seja a teia de interesses
envolvendo todos os aspectos da vida nacional. A ausência de lideres combinada
com a inerente falta de credibilidade das instituições causa medo de perda. E
medo paralisa.
Tudo isso torna a todos os
autores involuntários de enredo pobre e trágico. Trágicos atores de tragédia
que, olhada de longe, pareceria. Mas que, ao final, não vai resultar em
aplausos. Apenas em lamentações. Novamente.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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