Desde que sofreu sucessivas derrotas no primeiro semestre no Congresso Nacional, principalmente na Câmara dos Deputados, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado algumas medidas para melhorar a articulação política.
Entre essas medidas, estão mudanças em cargos de comando e de segundo escalão nos ministérios, para tentar incorporar partidos à base aliada.
Nesta segunda-feira (31), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse à colunista do g1 Andréia Sadi que o governo Lula quer incluir PP e Republicanos na base nos próximos 10 dias.
A medida é necessária porque – pelos cálculos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – a atual base do Palácio do Planalto é de cerca de 130 deputados entre os 513 parlamentares.
Veja nesta reportagem oito perguntas e respostas sobre a relação do governo com o Congresso e por que Lula busca apoio de partidos do Centrão.
- Quais são os partidos da base aliada e quantos deputados têm?
- O governo precisa de quantos votos para aprovar projetos?
- De quantos votos de partidos que não são oficialmente da base o governo precisa?
- PP e Republicanos somam quantos deputados?
- Esses partidos apoiaram o governo Bolsonaro?
- Por que são chamados de partidos do Centrão?
- O que Lula dizia na campanha sobre o Centrão?
- Qual o discurso no governo agora?
Quais são os partidos da base aliada e quantos deputados têm?
É possível dizer que a base do governo Lula é formada por sete partidos. São eles:
Se somadas todas as bancadas acima, o governo Lula conta com 128 deputados na base aliada.
O governo precisa de quantos votos para aprovar projetos?
Os projetos em tramitação na Câmara exigem números diferentes de votos para serem aprovados.
Por exemplo, são necessários:
- 257 votos para se aprovar projetos de lei complementar – como é o caso do novo arcabouço fiscal
- 308 votos para se aprovar propostas de emenda à Constituição – como é o caso da reforma tributária