Público de Minas Gerais para firmar um acordo de delação premiada sobre o
mensalão tucano, após ser condenado a 37 anos de prisão no caso do mensalão do
PT.
Promotoria de Patrimônio Público da capital pelo seu advogado, Jean Robert
Kobayashi Júnior, na quinta-feira (16). Tramitando na 9ª Vara Criminal, a
informação foi divulgada pelo jornal O Tempo e confirmada pelo Globo.
operador tem a oferecer são “de extrema relevância” e “precisam vir a público
de imediato”. Kobayashi confirmou que um dos pedidos feitos por Valério como
condição para a delação é a sua transferência do Complexo Penitenciário de Nelson
Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde está
preso.
Luzia ou a de Nova Lima, que ficam mais perto de BH e têm condições melhores”,
disse o advogado, fazendo referência às unidades de Associação de Proteção e
Assistência aos Condenado (Apacs).
homologada, Valério pode ser companheiro de confinamento do ex-goleiro Bruno
Fernandes, condenado pela morte de Eliza Samúdio. O ex-jogador cumpre pena na
Apac de Santa Luzia.
promotores mineiros antes do protocolo na quinta-feira (16). Mesmo assim,
Kobayashi espera uma resposta “imediata”:
delação. Espero que o prazo deles seja imediato”.
com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Deflagrada em abril deste ano, o
operador é alvo da 27ª fase e pode estabelecer um possível elo entre o esquema
de corrupção na Petrobras e o mensalão. Desde maio ele é réu na operação.
fracassada de fazer delação premiada, Valério afirmou ter pedido ao pecuarista
José Carlos Bumlai que providenciasse R$ 6 milhões para repassar a Ronan Maria
Pinto, dono do jornal “Diário do Grande ABC”, acusado de chantagear petistas, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros Gilberto Carvalho e
José Dirceu, por ter informações comprometedoras a revelar sobre a morte do
ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
investigadores que sua empresa, a 2S Participações, teria sido utilizada para
intermediar o empréstimo. Na denúncia apresentada contra o operador, o MPF
destaca a participação da 2S.
milhões junto ao Banco Schahin. O dinheiro teria sido repassado após contrato
do grupo Schahin com a Petrobras para exploração de sonda no valor de R$ 1,6
bilhão. Em junho, o juiz Sérgio Moro autorizou a quebra do sigilo telefônico de
Valério e de Gilberto Carvalho.
fez repasses de, ao menos, R$ 55 milhões, oriundos de empréstimos fraudulentos
obtidos junto aos bancos Rural e BMG. Há dez dias, o operador foi condenado
pela Justiça Federal do Distrito Federal a devolver R$ 536 mil ao erário, junto
com a agência de publicidade SMP&B, empresa da qual era sócio.
envolve desvio de recursos para a campanha de reeleição do então governador
Eduardo Azeredo (PSDB) em 1998. Azeredo foi condenado, em dezembro de 2015, a
20 anos e dez meses de prisão pela 9ª Vara Criminal de BH, mas recorre em
liberdade.