Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe) rejeitou, na manhã desta terça-feira (10), o Projeto de Lei
do deputado estadual Joel da Harpa, que visava proibir que professores usassem
em sala de aula material didático com menção a questões de gênero.
no Diário Oficial do estado no dia 8 de março, impede não só o uso do material
didático como o ensino de qualquer tema semelhante.
brasileiro, a grande maioria, não aceita a orientação da ideologia de gênero
sobretudo nas escolas e principalmente no ensino fundamental. Vendo essa grande
proporção de pernambucanos que não aceita a entrada da ideologia de gênero nos
planos estaduais de educação, até porque o próprio plano na questão de gênero
foi rejeita na Assembleia, então apresentamos essa proposta para que a
ideologia fique de fora de uma vez por todas nas escolas”, justifica.
Agência Brasil no mês passado, Joel da Harpa nega que seja homofóbico. “Não
vejo dessa forma até porque eu acho que qualquer tipo de preconceito deva ser
combatido. Seja relativo a cor, seja homossexual, qualquer tipo de
preconceito”, disse.
homossexual é um direito que assiste a ele e nós devemos respeitar e abraçar e amar
essas pessoas. O que a gente combate é a ideologia de gênero para as crianças
nas escolas. O que eu acredito é que a ideologia de gênero é um incentivo à
homossexualidade.”
Jayme Asfora – que vem lutando para barrar o projeto que proíbe o uso de livros
didáticos que mencionam a existência de famílias formadas por casais do mesmo
sexo em nossa sociedade – comemorou a decisão que também vedava que esse tema
fosse tratado em sala de aula. “Essa é uma vitória de todos que estão comprometidos
em garantir que, na escolas, possa ser ensinado o respeito às diferenças e a
convivência fraterna entre todas as pessoas”, ressalta Asfora.
mostra o que está no cerne dessa questão. Segundo Asfora, “ao defender que os
jovens que entendem a normalidade da existência da livre orientação sexual e da
identidade de gênero se tornarão cidadãos livres de preconceitos e
discriminações, mostra-se, novamente, o
que tanto defendemos: não existe nenhuma intenção de se impor a tal ‘ideologia
de gênero’ – essa falácia criada pela bancada do conservadorismo”.
decisão dá ainda mais força para o debate que está acontecendo na Câmara dos
Vereadores e que deverá ser discutido em uma reunião pública que ele propôs na
semana passada – reunindo pedadagogos, psicólogos, representantes de entidades
de direitos humanos, entre outros.
Edilson Silva, que faz parte da Comissão comemorou a decisão, assista o
depoimento dele sobre o tema: Leia Mais >>>