O coronel da reserva da Polícia Militar do Pará, Antônio Carlos Nunes, 82, assume pela terceira vez a presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Com o afastamento de Rogério Caboclo, acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade, o militar será alçado ao cargo por ser o vice-presidente mais velho entre os oito da confederação.
A princípio, ele fica por 30 dias na função, o tempo estabelecido para Caboclo permanecer longe da presidência. Mas o prazo pode ser estendido.
Nunes fez sua carreira na CBF como um nome conveniente em momentos difíceis. Foi eleito às pressas para a vice há cinco anos para evitar que a presidência fosse ocupada pelo catarinense Delfim Peixoto, 75, opositor de Del Nero. O coronel era a escolha ideal por ser mais velho e ter preferência na sucessão. Como se repete agora.
Foi assim também que ganhou o pleito para presidente da Federação Paraense, em 1997. A votação contra Euclides Freitas Filho terminou empatada e a idade era critério para definir o ganhador. Deu Nunes. Ele comandou o futebol paraense por quase 20 anos.
CONTEÚDO: FOLHA DE SÃO PAULO