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COSTA RICA EMPATA COM INGLATERRA E TERMINA NA LIDERANÇA

No duelo entre a
surpresa Costa Rica e a já eliminada Inglaterra prevaleceu o equilíbrio e o
placar inalterado no Mineirão, nesta terça-feira, em Belo Horizonte. Sensação
desta Copa do Mundo, a seleção costarriquenha não teve maior dificuldade para
segurar a rejuvenescida equipe inglesa, praticamente toda reserva, em sua
despedida do Mundial.
Ainda sem perder na
Copa, a Costa Rica confirmou a posição de grande surpresa ao desbancar os
campeões mundiais Itália, Uruguai e Inglaterra para ficar com a primeira
colocação do Grupo D, o chamado “grupo da morte”. Com sete pontos,
liderou a chave, à frente dos uruguaios, que conquistaram o segundo posto, com
seis pontos, ao eliminarem os italianos também nesta terça-feira.
Nas oitavas de final, a
Costa Rica vai enfrentar o segundo colocado do Grupo C, que tem a líder
Colômbia, a Costa do Marfim a Grécia e o Japão. Há boas chances de os
costarriquenhos cruzarem com a Costa do Marfim, do astro Didier Drogba. Mas,
independentemente do rival, esta partida será disputada no domingo, na Arena
Pernambuco, no Recife.
Já a Inglaterra deu
adeus à Copa com apenas um ponto. Nesta terça-feira, o jogo teve sabor de
despedida, não apenas pela queda precoce na competição, mas também em razão da
idade elevada de símbolos do time, como Steven Gerrard e Franck Lampard. Antes
da partida, eles evitaram falar sobre a futura aposentadoria da seleção, mas
admitiram esta possibilidade.
Caso tenham sobrevida
na equipe, poderão defender a Inglaterra na Eurocopa de 2016, na França. Mas
dificilmente terão condições de disputar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Por essa razão, o técnico Roy Hodgson tratou de colocar em campo nesta
terça-feira um time totalmente renovado, já pensando nas futuras competições da
seleção.
O JOGO – Pela última
rodada do Grupo D, Costa Rica e Inglaterra entraram em campo com times
modificados em relação aos últimos jogos. Mas por motivos diferentes. O técnico
Jorge Luis Pinto poupou Umana e Bolaños já visando as oitavas de final,
enquanto Hodgson mudou praticamente todo a escalação inglesa. Só manteve Cahill
e Sturridge.
Hodgson preferiu dar
chance aos jogadores mais jovens da Inglaterra, como o lateral Shaw, de 18
anos, e os meias Barkley, de 20 anos, e Wilshere, de 22 anos. Para dar maior consistência
ao meio, começou com o experiente Lampard, que ainda não tinha jogado como
titular nesta Copa. E, com este time rejuvenescido, os ingleses seguraram o
ímpeto do rival no início.
Embalada, a Costa Rica
foi quem tomou a iniciativa logo após o apito inicial. Antes de completar o
segundo minuto de jogo, Campbell bateu da esquerda com perigo e quase encobriu
o goleiro Foster. Com forte apoio das arquibancadas do Mineirão, os
costarriquenhos dominaram os primeiros 20 minutos e quase abriram o placar em
cobrança de falta de Borges, aos 22.
Depois disso, os
ingleses cresceram no meio e reduziram os espaços dos costarriquenhos. A
principal arma ofensiva era mesmo Sturridge, que já havia sido destaque nas
partidas anteriores. Ele arriscou boas finalizações aos 11 e aos 17. Depois,
aos 34, quase marcou de cabeça. Aos 41, Barkley cortou para a esquerda e bateu
longe do gol.
A Inglaterra começou o
segundo tempo com esta postura mais ofensiva, enquanto a Costa Rica aguardava
na defesa, à espera do contra-ataque. Os ingleses até ensaiaram uma pressão
sobre a defesa rival, principalmente depois da entrada de Sterling. Aos 20,
Sturridge fez bela jogada pela direita, ao pedalar sobre o marcador e tabelar
com Milner, que culminou em chute rente à trave direita de Navas.
Na metade do segundo
tempo, Hodgson colocou Gerrard e Rooney em campo, para alegria da torcida.
Afora uma tentativa do atacante, por cobertura, aos 34 minutos, as mudanças
pouco alteraram o jogo. A zaga costarriquenha se defendeu com tranquilidade e
garantiu mais um ponto na chave, sem sofrer derrotas no grupo com três campeões
mundiais.
FICHA TÉCNICA:
COSTA RICA 0 x 0
INGLATERRA
COSTA RICA – Navas;
Miller, Duarte, González; Gamboa, Borges (Barrantes), Diaz, Tejeda, Ruiz;
Brenes (Bolaños) e Campbell (Ureña). Técnico: Jorge Luis Pinto.
INGLATERRA – Ben Foster; Jones, Smalling, Cahill e
Shaw; Lampard Wilshere (Gerrard), Milner (Rooney), Barkley e Lallana
(Sterling); Sturridge. Técnico: Roy Hodgson.
CARTÕES AMARELOS –
Barkley, González e Lallana.
ÁRBITRO – Djamel
Haimoudi (Argélia).
RENDA – Não disponível.
PÚBLICO – 57.823
presentes.
LOCAL – Estádio do
Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Do NE10
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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