InícioAraripina em FocoCunha faz sua defesa e afirma: ‘Investigados não sobreviverão’

Cunha faz sua defesa e afirma: ‘Investigados não sobreviverão’

Pouco menos de semana após
renunciar à presidência da Câmara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
voltou à Casa nesta terça-feira para fazer pessoalmente sua defesa durante a
sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) dedicada a analisar os
recursos apresentados pela defesa do peemedebista contra o pedido de cassação
aprovado pelo Conselho de Ética. Cunha classificou o processo contra ele como
‘político’, e mandou um recado aos colegas: ao dizer que há 117 deputados e 30
senadores alvos de inquérito, ele afirmou que os parlamentares contra os quais
pesam investigações “não sobreviverão” caso a palavra da acusação seja
considerada sentença. Embora réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem
de dinheiro, Cunha atribui o processo de cassação contra ele a fatores
políticos. “Foi um processo político que começou com a minha eleição em
primeiro turno, em que derrotei o candidato da presidente afastada e em que
derrotei o candidato da oposição”, afirmou. 
A investida de Cunha na CCJ visa
anular a aprovação de seu pedido de cassação e devolver o processo ao Conselho
de Ética. O colegiado é formado por 66 deputados e, para que seu pleito seja
atendido, ele precisa do aval de 34 congressistas. A CCJ se reúne para votar o
parecer do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), aliado de Cunha que defendeu que
o processo retorne ao Conselho de Ética. 
Na ação, Cunha apontou para uma série
de irregularidades na tramitação de seu processo no conselho. O esforço principal
do peemedebista era para reverter a votação que pavimentou a aprovação de sua
cassação – e foi justamente esse o ponto acatado por Fonseca. “Todos sabem, até
os meus mais ferrenhos adversários nesta Casa, da minha familiaridade com o
Regimento desta Casa. Nenhum desses pontos seria por mim negado
monocraticamente em sede de recurso, se me fosse pedido por outro deputado”,
afirmou Cunha sobre as questões negadas pelo relator. Antes de Cunha, seu
advogado Marcelo Nobre afirmou que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso
Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética
da Casa, vote no recurso de seu cliente na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Câmara.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
RELACIONADOS