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Custo para bombear água da transposição vai superar R$ 300 milhões por ano, diz ministro das Cidades

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Em entrevista na Rádio Jornal, ontem segunda-feira (07), o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), afirmou que só a conta de energia da transposição do Rio São Francisco, quando o conjunto de canais estiver funcionando, deve custar R$ 300 milhões ao ano. O valor, até agora, não havia sido confirmado em público por nenhum ministro do governo Michel Temer (PMDB). Embora o Ministério das Cidades não seja responsável pela obra, Bruno Araújo integra o núcleo de infraestrutura do governo, que se reúne nesta segunda em Brasília.

Embora o tema seja do Ministério da Integração, sob o comando de Hélder Barbalho (PMDB), Araújo foi questionado ao vivo na rádio, sobre o andamento da transposição, exatamente por fazer parte do núcleo de infraestrutura de Temer.

“Essa obra já vai com mais de 4, 5 anos de atraso. E foi feita sem planejamento. Para você ter uma ideia, essa água, para poder atender toda a região, todos os canais, ela precisa ser elevada a uma determinada altura para que possa descer por gravidade para que possa atender a todo o sistema. Ninguém nunca fez, no planejamento, a conta do preço da energia para bombear essa água, quem ia pagar essa água. A previsão é que sejam mais de R$ 300 milhões só de energia para o bombeamento da água para abastecer a transposição”, afirmou o ministro.

Pela previsão inicial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do ex-presidente Lula (PT), os dois canais que compõem a transposição ficariam prontos em 2012, ao custo de R$ 4,5 bilhões. Segundo o governo Temer, já foram R$ 9,5 bilhões executados e a obra ainda não está pronta. Atualmente, seu percentual de execução é de 90, 5%. O Eixo Leste tem prazo de conclusão até abril de 2017. O Eixo Norte, com uma licitação ainda pendente, até o fim de 2017.

“E tudo isso, desde o início da obra, não feito nem discutido com a sociedade, nem com os estados que são atendidos, de como viabilizar os recursos para a manutenção da transposição”, seguiu o ministro. Segundo ele, além da conclusão da obra propriamente dita, há uma situação “verdadeiramente emergencial” quanto à operação e manutenção da transposição. (Do JC Online‎/Foto:Reprodução) 

Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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