Justiça Federal, o delegado da Polícia Federal (PF) Marlon Cajado afirmou que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é investigado em um segundo inquérito
policial já em curso na Operação Zelotes. O objetivo da ação é saber se, além
de dois servidores que já são réus, outros foram também corrompidos ou se
menção aos nomes deles era apenas uma forma de os acusados propagarem
influência que não tinham.
de Lula entrou com uma petição na Justiça Federal de Brasília para pedir que o
ex-presidente seja dispensado de prestar depoimento no processo da Zelotes. Ele
foi arrolado como testemunha do lobista Alexandre Paes dos Santos, um dos réus
da operação. A defesa de Lula argumentou que ele já havia prestado depoimento à
Polícia Federal (PF) sobre o assunto.
instauração de novo procedimento policial expediente (sic) tentar alcançar a
verdade real sobre os fatos apurados, isto é, se outros servidores públicos
foram de fato corrompidos e estariam associados à (sic) essa organização
criminosa, ou se estaria ‘vendendo fumaça’ vitimando-os e praticando o tráfico
de influência com relação aos mesmos, a saber, Erenice Alves Guerra, Dyogo
Henrique e Oliveira, Nelson Machado, Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto
Carvalho, Helder Silva Chaves, Ivan João Guimarães Ramalho, Miguel João Jorge
Filho, entre outros”, diz trecho do ofício.
no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da
Fazenda. Conselheiros receberiam propina para reduzir e anular multas aplicadas
aos contribuintes pela Receita Federal. Depois, os investigadores também
passaram a analisar possível venda de trechos de medidas provisórias para
beneficiar algumas montadoras, entre elas a Caoa, representante da Hyundai, e a
MMC Automotores, que fabrica veículos da Mitsubishi no Brasil.
também investigam as relações entre Luis Cláudio Lula da Silva, um dos filhos
de Lula, e a Marcondes & Mautoni, empresa de lobby acusada de comprar
trechos das medidas provisórias favoráveis a Caoa e a MMC. A Marcondes &
Mautoni recebeu mais de R$ 32 milhões das duas montadoras no período em que
estaria em curso tratativas para a alteração de três medidas provisórias de
concessão de benefícios fiscais para montadoras. As MPs foram editadas em 2009,
2011 e 2013. A LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Cláudio, recebeu R$ 2,5
milhões, da Marcondes & Mautoni.
disse que seu filho não o informou com antecedência que receberia R$ 2,5
milhões. Também negou ter recebido lobistas durante seu mandato. Segundo o
termo de declaração, ele disse que “nunca foi procurado por lobistas das SGR
Consultoria Empresarial e da Marcondes e Mautoni Diplomacia Corporativa para
tratar de interesses da MMC ou CAOA junto ao governo ou para tratar de
prorrogações de incentivos fiscais através de medidas provisórias”.
feitos a Luis Cláudio eram algum tipo de contraprestação por serviços prestados
pelo ex-presidente à empresa Saab, que venceu a concorrência para a compra de
caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). Lula disse que isso era “um absurdo”
e negou ter atuado nesse sentido. A PF também perguntou se os pagamentos tinham
sido feitos em troca da elaboração de medidas provisórias. Segundo Lula, essa
hipótese era “um outro absurdo”.