Cidade sofre com seca, mas quadrilha de ex-prefeito usou até carro-pipa para fraudar cofres públicos. A gente quer saber: Cadê o Dinheiro Que Tava Aqui?
O Repórter Secreto do Fantástico mostra a triste vida de ‘laranjas’ que, na verdade, são vítimas de um esquema que desviou R$ 27 milhões de Canapi, no interior de Alagoas. A cidade é pobre e sofre muito com a seca, mas a quadrilha, comandada pelo ex-prefeito, usou até carro-pipa para fraudar os cofres públicos. A gente quer saber: Cadê o Dinheiro Que Tava Aqui?
Reportagem do Fantástico – G1
Veja a baixo a matéria da operação Paradise em Araripina, uma Operação que nunca saiu resultado de culpados.
PF desarticula associação criminosa na prefeitura de Araripina
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 07/05/2015 21:53 Atualizado em:
Uma associação criminosa na gestão municipal de Araripina, no Sertão de Pernambuco, foi desarticulada ontem pela Polícia Federal (PF). A operação “Paradise”, iniciada em 2013, foi deflagrada com 23 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão temporária na prefeitura da cidade, comandada por Alexandre Arraes (PSB). As investigações revelaram crimes como fraudes em licitações e desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas no município com verbas oriundas do Ministério da Educação.
Confira a nota da Polícia Federal sobre a operação Paradise:
A polícia federal, por meio da delegacia de Salgueiro, e a controladoria geral da União, regional de Pernambuco, deflagraram na manhã de hoje, dia 07\05, a operação Paradise. O objetivo da ação é debelar uma associação criminosa, uma verdadeira quadrilha que se instalou na prefeitura de Araripina desde a posse do prefeito Alexandre Arraes. As investigações revelaram desvios de recursos públicos, que deveriam ter sido utilizados na construção de escolas, creches e quadras poliesportivas no município de Araripina/PE com verbas oriundas do Ministério da Educação.
O nome da operação é uma alusão a um loteamento fechado, denominado Paraíso, que um dos investigados está construindo na cidade de Araripina.
As investigações se iniciaram em 2013 e revelaram que há um ajuste, um acordo entre os licitantes para fraudar as licitações, uma vez que pela análise dos quadros societários das empresas licitantes e vencedoras, há empregados domésticos e parentes dos principais envolvidos nos quadros societários. Igualmente, foi verificada a concessão de descontos padrões nas ofertas realizadas, típico de quem não está realmente disputando, “brigando” para vencer a licitação. Após a licitação, com a assinatura do contrato, não é a empresa vencedora que executa a obra, mas sim as empresas de Paulo Arraes e de Ricardo Arraes (irmãos do prefeito de Araripina) que executam as obras. Não há pagamento dos encargos sociais (não há recolhimento do INSS e do FGTS); as obras se protraem no tempo, no intuito de se conseguir mais e mais aditivos contratuais, sempre com a intenção de lucrar mais. Serviços não são executados, porém são pagos; algumas vezes pagos em duplicidade. Os engenheiros da prefeitura inserem dados falsos (fotografias e atestes de medições nos sistemas do FNDE) – tudo para liberar os recursos federais.
Foram cumpridos mandados nas cidades de Araripina\PE, Juazeiro do Norte\CE, Assaré\CE e Jaicós\PI. Ao todo, mais de duzentos policiais federais e fiscais da CGU participaram da operação. Os presos foram conduzidos para a delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, a fim de serem interrogados em sede de inquérito policial.