Na manhã de quarta-feira (22/11), o Hospital Estadual Dom Helder Câmara, localizado no Cabo de Santo Agostinho, foi alvo de denúncias feitas pela equipe do hospital e pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco devido às condições precárias de trabalho.
Um vídeo divulgado revela a voz indignada de uma técnica de enfermagem, denunciando a escassez de lençóis e até mesmo de algodão para a realização de curativos nos pacientes. As imagens mostram macas no chão, pacientes sem batas e desprovidos do suporte necessário para se deslocarem na sala de enfermaria.
Conforme a denúncia, a emergência ortopédica, que deveria comportar quatro pacientes, está abrigando 26, enquanto a área de clínica médica e cardiologia, com capacidade para 10 pessoas, está enfrentando uma superlotação com 41 pacientes internados. Ivana Andrade, Chefe de Fiscalização/Sede do Coren-PE, comenta sobre a gravidade da situação apresentada na denúncia.
“Tá aqui, Dom Helder Câmara, querem que pacientes subam para blocos, porque dizem que lençóis, tudo pelado, porque dizem que lençóis durante os plantões vem dez, doze lençóis pro pacientes. E é pro plantão todo, ai fica os pacientes com dois, três dias com lençóis sujos, e a gente chega agora e dizem que no plantão os pacientes tem que subir sem fraudas, sem nada, enrolados nos lençóis que eles estão dormindo nessas macas podres. Isso é inaceitável minha gente, a gente tá cuidando de bicho. Agora, ar-condicionado quebrado, porque está ali emergência com ar-condicionado quebrado, sala vermelha, você olha tá tudo aqui cheio, lotado, a gente recebe plantão com 28 pacientes pra três técnicos, isso é inaceitável, eu como técnica me sinto revoltada, revoltada, não tem nem algodão para a gente trabalhar, isso é inaceitável. Eu fiz votos para cuidar de seres humanos, foi de bicho não, nem meus bichos eu cuido desse jeito”, disse a mulher que gravou o vídeo.
