impediram nesta terça-feira a criação de um mecanismo que garantiria a maior
presença de mulheres nas casas legislativas brasileiras. Em uma votação
permeada por observações machistas, eles não aprovaram uma emenda que incluiria
na Constituição a reserva de 10% das vagas para deputadas, senadoras e vereadoras.
A regra não traria mudanças bruscas. Apenas transformaria em lei a
representatividade que já existe atualmente na Câmara, por exemplo, aumentando
gradativamente, pelos próximos 12 anos, a proporção para 15%.
eleitores é mulher, ocupa hoje o posto número 156 em um ranking de 188 países
que considera a representação feminina no Parlamento feito pela União
Interparlamentar. Está atrás até de países onde as mulheres têm menos direitos
do que homens. Nas eleições do ano passado, 51 mulheres foram eleitas, mas uma
está afastada para ocupar cargo executivo. São, portanto, apenas 50 deputadas
atuantes dentre os 513 deputados –uma taxa que, arredondada para mais, consegue
alcançar 10% das cadeiras. O número, apesar de baixo, traz um aumento em
relação à legislatura anterior, onde havia 45 mulheres. Não há, entretanto,
nenhuma garantia de que ele não voltará a cair nas próximas eleições, por isso
a aprovação da emenda era importante.