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Diretório paulista do PSB oficializa apoio à candidatura de Eduardo Campos para presidente.

“Não estamos preocupados com nenhum deles. Nós temos um projeto próprio e eles também têm. Eles tratam do projeto deles e nós do nosso”, disse o secretário nacional do partido, Carlos Siqueira. Foto: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press/Arquivo

O PSB começa a preparar o terreno para oficializar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República nas eleições do próximo ano.  Nesta sexta-feira (9), o diretório estadual do partido vai referendar, num ato político, o apoio ao projeto político do pernambucano. A tendência, garantem lideranças da legenda, é que outros atos como este aconteçam em diversos estados até o fim do ano.

“Não estamos preocupados com nenhum deles (PSDB e PT sobre a movimentação). Nós temos um projeto próprio e eles também têm. Eles tratam do projeto deles e nós do nosso”, disse o secretário nacional do partido, Carlos Siqueira, ao Diario por telefone. O dirigente argumentou que, apesar do simbolismo no ato, este era um evento já esperado para o mundo político. “É como uma pesquisa que a gente encomenda e sabe do resultado”.

A movimentação nos diretórios do PSB no país em torno da candidatura de Eduardo Campos começa a se intensificar. O estado de São Paulo não é o primeiro a declarar apoio ao projeto nacional do pernambucano. A direção do partido no Rio Grande do Sul e em Brasília fez o mesmo ato no mês passado. A legenda também vem modificando a estrutura dos comandos partidários no ajuste dos “novos interesses nacionais”.

Em Minas Gerais, o comando do partido foi modificado. No lugar de Walfrido dos Mares Guia, ex-ministro e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entrou o deputado federal Júlio Delgado. Mares é um defensor da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Já Delgado é um dos favoráveis a candidatura de Eduardo Campos ao Palácio do Planalto. Outros diretórios estaduais devem passar por mudanças, como no Tocantins.

Segundo os dirigentes socialistas, a maioria do partido está unida em torno do projeto próprio para a Presidência da República, mas há divergências sobre a relação do PSB com o Palácio do Planalto. Alguns defendem que a sigla entregue os cargos que detém no governo federal. É o caso do presidente do partido em São Paulo, Márcio França. Ele afirma que o partido deve entregar os cargos um ano antes das eleições. A tese é defendida, entre outros, pelo ex-ministro Ciro Gomes, do Ceará. O secretário nacional,  Carlos Siqueira, faz uma ressalva. “Poderíamos entregar, mas participamos e demos força ao palanque que elegeu a presidente Dilma Rousseff. Nós temos crédito”, comentou.

Às vésperas do prazo de mudança partidária, que se encerra no dia 5 de outubro, a movimentação no PSB deve se intensificar. Até lá, novos quadros podem ser filiados ao partido e, outros, claro, sairão. Eduardo Campos, porém, continua afirmando que este não é o momento de se discutir a formação de palanques e ainda não confirmou sua candidatura. Sobre a movimentação nos diretórios, ele apenas sinalizou que o PSB continua a ter “vida orgânica”.

“O partido, sua fundação continua a discutir educação, saúde, fizemos isso sempre, fizemos isso, inclusive, em ano que tivemos candidato, fizemos em anos que não tivemos candidatos. E, os diretórios municipais, estaduais, têm se reunido, têm discutido formação de chapa parlamentar, gente que se filia. Isto é da vida, do dia a dia do partido, não é? É natural que isso aconteça, agora, decisões sobre o quadro nacional só em 2014”, disse ontem numa audiência pública. As informações  são do Diário de Pernambuco.

Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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