Na sua primeira semana de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), deu declarações que divergiam das ideias defendidas no início da sua campanha eleitoral, principalmente no que tange à previdência e a economia. Com essas novas opiniões, o recém-empossado para o Poder Executivo, surpreendeu integrantes do próprio governo e provocou reações de analistas do mercado.
A primeira declaração foi sobre a reforma da Previdência. Bolsonaro disse que vai propor idade mínima para aposentadoria, de 57 anos para mulheres e 62 anos para homens. A segunda declaração do presidente foi sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a redução do Imposto de Renda. E, na terceira, Bolsonaro emitiu sinais de que que poderia impor restrições à compra da Embraer pela Boeing. Logo após essas declarações, o ministro responsável pela parte econômica do governo Paulo Guedes, cancelou compromissos públicos e não se manifestou.
Só no fim da tarde, o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tentou acalmar os ânimos. Chegou a dizer que o presidente se equivocou sobre a mudança nos impostos e que a proposta da reforma da Previdência mencionada por Bolsonaro foi para mostrar que será uma transição humana, que vai respeitar os direitos das pessoas.
AF News/Rômulo Barros/G1/Foto: Wilton Júnior