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ESTUDANTE ARARIPINENSE ALEXANDRINO CARVALHO QUE TIROU NOTA 960 NA REDAÇÃO DO ENEM DAR AS DICAS PARA VOCÊ TAMBÉM TER BONS RESULTADOS

O estudante Alexandrino José de Carvalho Neto, 22 anos, surpreendeu amigos e familiares ao alcançar a nota 960 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A prova de redação do Enem é uma das mais importantes etapas para um bom resultado final. É na redação a etapa da prova com maior potencial de equilibrar um resultado não muito satisfatório em outras disciplinas, já que é a única prova discursiva do Enem. A redação do Enem deve ter argumentação consistente, linguagem adequada à norma culta padrão do português, introdução, desenvolvimento e conclusão.

O aluno Alexandrino  que pretende pleitear uma vaga no curso  de medicina, em uma Universidade Federal, deixa dicas de como se da bem no exame:

1 – Atenção ao edital: O edital contém as instruções sobre tudo o que precisa conter na redação do Enem, assim como os alertas para aquilo que não pode acontecer. “Mesmo que não consiga ler todo o edital para as outras matérias, é muito importante ler todo o edital da redação com atenção”, considera Alexandrino.

2 – Conheça a fundo a estrutura de texto exigida: A redação do Enem tem pré-requisitos e detalhes que devem ser profundamente conhecidos e praticados.. “Pratiquei muito para me adequar àquele estilo da redação do Enem”, Alexandrino.

3 – Pratique com persistência: Escrever textos nos moldes exigidos pela prova periodicamente ajuda a assimilar tanto a estrutura textual, quanto as habilidades exigidas pela prova de redação do Enem, como o uso da linguagem padrão da língua portuguesa, argumentação, coerência, coesão, entre outras. “Acho que, especificamente na prova de redação do Enem, a prática é o diferencial. Muita gente sabe escrever muito bem, mas é preciso adequar o texto àquilo que a prova pede. Participei de muitas oficinas e fazia entre duas e três redações por semana”, diz Alexandrino.

4 – Tenha 100% de dedicação nas aulas: na sala de aula, é possível aprender o estilo de redação do Enem, praticando e corrigindo o que precisa ser modificado. “Ciente de que precisava melhorar, me doava totalmente às aulas de redação. Tive Um professor muito bom e sabia que era minha chance de adequar meu texto. Prestava atenção, fazia todas as redações propostas, reescrevia e corrigia erros; além disso, treinava cada etapa do texto separadamente”, revela Alexandrino.

5 – Prefira a simplicidade e objetividade: Os corretores corrigem centenas de provas seguidas e têm pouco tempo para dedicar cada uma. “Deve ser algo simples e objetivo, afinal, querendo ou não, dependemos também do estado em que o corretor estará no momento em que for corrigir a prova”, diz Alexandrino.

6 – Cultive o hábito da leitura: a leitura influencia diretamente a redação, nas construções frasais, argumentação, coerência e até mesmo na assimilação das estruturas ortográficas e sintáticas da língua portuguesa padrão. “Falta aos jovens a prática da leitura constante para desenvolver o português básico correto”, afirma ele.

7 – Use a internet como aliada: Existem muitas questões propostas para simular a prova de redação do Enem, com temas de provas passadas, ou semelhantes ao que comumente é cobrado. “A organização da prova libera muito material no site: planilhas, explicação do uso de conectivos, entre outros”, diz Alexandrino.

8 – Tenha atenção a questões sociais: Os temas propostos para a prova de redação do Enem costumam abordar aspectos da contemporaneidade, que tenham influência na sociedade como um todo, envolvendo a percepção social do candidato. “O Enem adora questões sociais. Abordar essas questões de forma consistente causa uma boa impressão”, avalia Alexandrino.

9 – Atenção à argumentação: A prova de redação do Enem exige a proposição de uma solução a uma questão central. Para chegar a esse ponto de forma consistente, é preciso desenvolver uma argumentação concisa. “Citar filósofos e sociólogos, por exemplo, torna o texto mais consistente, mais interessante para o corretor, e mostra que o candidato sabe sobre o que está argumentando”, conta Alexandrino. Ele ressaltou ainda a importância de se manter informado sobre os acontecimentos do dia a dia para o desenvolvimento da argumentação. “É muito importante ficar atento às atualidades, ler jornal, saber o que está acontecendo no mundo atual, e fazer conexão com outras disciplinas”.

Ainda tomou como base de estudo o manual de redação disponibilizado pelo INEP( Link para acesso ao conteúdo digital:http://download.inep.gov.br/…/manual_de_redacao_do_enem_201… ) 

A REDAÇÃO DO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO TEVE COMO TEMA ”OS CAMINHOS PARA O COMBATE DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL”

Confira abaixo o conteúdo completo da Redação produzida por Alexandrino:

Intolerância velada

Na Idade Média, viu-se que a Igreja através do Tribunal da Inquisição agiu cruelmente com aqueles que não seguiam seus dogmas. Hoje de maneira análoga, a intolerância religiosa no Brasil é algo intrínseco na sociedade. Dessa forma, fica evidente que esse problema é resultado do processo histórico de colonização e da falta de alteridade nas relações. Fazendo-se, necessário buscar estratégias que visem harmonia entre as diferentes crenças.

Nesse contexto, Darcy Ribeiro, importante sociólogo, expõe que ” o Brasil é um país de pluralidade única”. Partindo desse pressuposto, é notório que o processo de colonização do Brasil reuniu diversos povos, costumes e crenças.Porem, o modelo explorador de Portugal usou os Jesuítas para catequizar os povos nativos para dessa forma dominá-los.Evidenciando assim, a primeira forma de interferência religiosa. Em seguida, com ampliação da produção, a mão de obra negra foi introduzida no processo e com ela veio as fortes crenças africanas que foram demonizadas e proibidas. Afirmando assim, que a intolerância contemporânea, principalmente, com as religiões Afro-brasileiras é embasada no etnocentrismo dos colonizadores e vem sendo transmitidas para as gerações atuais.

Ademais, a falta de alteridade nas macro e micro relações fortalece essa situação. Nesse sentido, a Constituição Nacional garante a laicidade do Estado, porém a transgressão das leis é uma realidade que evidencia o individualismo do povo brasileiro. Logo, a falta de educação voltada para a formação de cidadãos aptos há conviver com a diferença é agravante para esse caso. Prova disso é as constantes agressões verbais, de punho religioso, disseminadas nas redes sociais. Dessa forma, o filósofo, Bauman, conceitua a atual conjuntura como “sociedade líquida” demonstrando assim, a fragilidade e liquidez que existe, na sociedade, ao lidar com diferentes concepções.

Portanto, dado o exposto, faz-se necessário que o Estado através do MEC vise a educação como caminho. Para tal, há de haver a introdução de disciplinas como cultura brasileira e ética, atrelada a isso palestra, oficinas e gincanas visando a quebra dos preconceitos e estereótipos sociais. Além disso, a criação de mecanismos para denúncia como aplicativos para aparelhos de telefonia móvel e delegacias especializadas. Só assim, a sociedade não irá “velar” a intolerância.

Além disso, na véspera do ENEM, Alexandrino Carvalho ministrou uma aula de redação para os estudantes de Araripina.

Do Blog Casa de Abelha

Damião Sousa
Damião Sousa
Diretor de Jornalismo e Marketing
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