Em entrevista ao Frente a Frente, que vai ao ar às 18 horas pela Rede Nordeste de Rádio, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), saiu em defesa do presidente Bolsonaro, bombardeado no fim de semana pelo governador Paulo Câmara, na polêmica envolvendo a paternidade do 13º salário do Bolsa-Família. “O 13º do Governo Federal será pago em dezembro e o do Estado, além de exigir notas fiscais e contrapartidas, só sai em março. De fato, por ser um programa federal, no mínimo o Estado está instrumentalizando o programa”, afirmou.
O senador se defendeu, também, das acusações de aliados do governador de que seria o principal responsável pela perda de R$ 200 milhões, para os cofres do Estado, no repasse da cota a que terá direito na cessão onerosa do Pré-sal. “Não se perde o que não tem. O Estado, na verdade, está recebendo R$ 1 bilhão graças a um acordo que envolver todos os governadores”, disse, para acrescentar: “Dinheiro bom é o dinheiro que se pode contar”.
Fernando explicou, ainda, que a propalada perda de R$ 200 milhões, acusada pelo Estado, se deve aos novos critérios adotados na partilha do Pré-sal, que não se deu com base apenas no Fundo de Participação dos Estados e Municípios, mas distinguindo Estados produtores e exportadores de petróleo. “Pernambuco não produz petróleo, mas mesmo assim ainda vai receber R$ 1 bilhão, dos quais R$ 500 milhões para os municípios”, disse, acrescentando que o governador e seus aliados querem fazer politicalha em cima do rateio do que virá a ser arrecado no leilão do Pré-sal.
Reportando-se ao que tem feito em favor do Estado e da Prefeitura do Recife na condição de um dos principais aliados do Governo Federal, Fernando Bezerra aproveitou para fazer um desabafo: “Eles me acusam injustamente dessa perda de R$ 200 milhões, mas não se referem ao papel que cumpri no Senado para aprovar um empréstimo de R$ 200 milhões para o Governo do Estado e outro de R$ 125 milhões para o prefeito Geraldo Júlio”, afirmou.