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Filhos do funk: número de jovens que engravidam em bailes chega a quase um por dia

A cada foto uma realidade no Brasil, estamos passando por um tempo critico social. O que fazer ?

Os bailes funk têm
preocupado as autoridades de saúde. É cada vez maior o número de adolescentes
que têm relações sexuais durante as festas ─ e o que é pior: sem o uso de
preservativo.
A consequência é claro não
poderia ser diferente. As meninas acabam engravidando e geram, como elas mesmas
chamam, filhos do funk.

Esta jovem de apenas 13
anos é frequentadora dos bailes e revela que além do sexo livre o consumo de
entorpecentes também é prática recorrente.
Segundo uma pesquisa
realizada no Estado de São Paulo, 10% dos casos de gravidez na adolescência são
consequência dos bailes funk.
Segundo a pesquisa, 3.473
meninas com idade entre 10 e 14 anos engravidaram em 2013. Dessas, 347 ficaram
grávidas em um baile ─ quase um caso por dia.
Essa gestante confirma que
o ato sexual é incentivado durante as festas

─ Mulher que estiver de
minissaia e sem calcinha não paga para entrar.
Em uma única noite, as
garotas chegam a ter relação sexual com até dez parceiros. A prática é
favorecida pelo chamado “trenzinho do sexo”, em que as jovens ficam
enfileiradas e revezando os parceiros
Ao engravidarem, a atitude
mais comum é esconderem da família, conforme explica a ginecologista Albertina
Duarte.  
─ Algumas chegam ao posto
de saúde para pedir o exame de DNA com 10 ou 12 possíveis pais. Só depois de
conversarem com a assistente social e com a psicóloga é que resolvem avisar os
familiares.
─ Elas não são culpadas,
são vítimas da falta de segurança, prevenção e difícil acesso ao lazer e
educação.
R7
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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