Uma medida barata vem contribuindo significativamente para a redução dos impactos ambientais sobre a vegetação da Caatinga, no Sertão de Pernambuco. O Fogão Econômico faz parte do Projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural em Agroecologia (ATER Agroecologia) desenvolvido pelo Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), em parceria com o Centro Sabiá, e foi executado nos municípios de Serra Talhada, Flores, Santa Cruz da Baixa Verde, Mirandiba e Floresta.
A ideia tem por objetivo capacitar as famílias agricultoras sobre a importância da preservação e conservação da vegetação da Caatinga, através da redução da quantidade de lenha utilizada para cozimento dos alimentos. Isso porque para esse tipo de fogão basta usar apenas lenha morta e em pequenas quantidades.
Outro aspecto importante da tecnologia é o sistema de registro, pelo qual não permite que a fumaça retorne ao interior da casa. Dessa forma a família não fica exposta ao poluente, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil mata mais de dez mil pessoas com problemas respiratórios.
“É uma tecnologia muito importante, contribui para a eliminação da fumaça no interior da cozinha, reduzindo os problemas respiratórios causados pela inalação dessa fumaça, ajuda a reduzir a jornada de trabalho das mulheres, além de ser um fogão de baixo custo e que promove o conhecimento prático para que outras famílias possam ter acesso a essa tecnologia”, explica o técnico agrícola do Cecor, Lucimário Almeida.
Etapa
Dentro desta etapa do projeto foram os fogões beneficiaram famílias agricultoras em 15 comunidades: Sítio Santana, Caldeirão dos Barros, Cachoeira (Santa Cruz da Baixa Verde); Quixabinha, Assentamento Barra do Exu, Angico Grande, Assentamento Barra Nova, Maxixeiro (Serra Talhada); Sítio Cachoeirinha (Floresta); Serra do Talhado, Maniçoba (Mirandiba); Poço Grande, Matolotagem, Volta do Injeitado, Olho d’ Água (Flores). (Fotos/divulgação)