InícioAraripina em FocoGoverno vai licitar obra da transposição do Rio São Francisco no Natal

Governo vai licitar obra da transposição do Rio São Francisco no Natal


O governo federal pretende lançar a licitação do último eixo da Transposição do Rio São Francisco no próximo dia 24. A obra deve custar cerca de R$ 1,7 bilhão. Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho explicou que o governo tem que concluir obras importantes “independente de quem tenha começado”. Segundo ele, será um “presente de Natal” para os nordestinos.

“Em 24 de dezembro, nós vamos abrir a licitação do final da Transposição do Rio São Francisco. […] É um presente de Natal que é oferecido para a população nordestina em função da decisão do governo de permitir obras estruturantes que vão dar segurança hídrica a toda a região do semiárido nordestino”, anunciou Marinho nesta terça-feira (22/12), durante a apresentação do balanço anual do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Segundo o ministro, a licitação vai viabilizar a construção do Ramal do Apodi — obra hídrica que vai levar as águas do Rio São Francisco para mais de 60 municípios da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. A construção deve levar até três anos. Mas, com a licitação programada para este fim de ano, a ideia é que essas obras comecem até abril e permitam que as águas cheguem ao Rio Grande do Norte ainda em 2021.

Marinho é natural do Rio Grande do Norte e destacou que este será o último estado do Nordeste a receber as águas da Transposição do Rio São Francisco. Ele destacou que todo o projeto do Ramal do Apodi visa dar segurança hídrica às famílias que hoje nem sempre têm água tratada na torneira. A medida ainda pode ampliar em 700 hectares a área agricultável da região. “O presidente Jair Bolsonaro nos recomendou que não poupássemos esforços para que isso acontecesse”, acrescentou.

Em coletiva de imprensa, o ministro lembrou que as obras da Transposição do Rio São Francisco já duram 15 anos e hoje contam com um orçamento total de R$ 15 bilhões, bem acima dos R$ 4 bilhões imaginados inicialmente. O projeto foi lançado no governo do PT. Marinho destacou que “as obras precisam ser terminadas independente de quem tenha começado”. Ele explicou que a conclusão de obras como essa é
uma questão de respeito aos brasileiros que pagam imposto e também às famílias que precisam desses projetos para poder conseguir gerar o próprio sustento.

Nesse sentido, o Ministério do Desenvolvimento Regional mapeou 6 mil obras paralisadas ao redor do Brasil neste ano, fora a construção de 100 mil unidades habitacionais que também estavam suspensas. A pasta já retomou a execução de 1,5 mil dessas obras, entre obras de mobilidade, saneamento, urbanização, desenvolvimento regional e urbano, além de 30 mil unidades habitacionais. E continua trabalhando para reativar os demais canteiros de obras.

Segundo o balanço apresentado nesta terça-feira, a pasta também entregou 6,2 mil obras em mais de quatro mil municípios brasileiros ao longo do ano, “desde pequenas obras de asfalto e arranjo produtivo local, até obras de grande vulto, de mobilidade urbana, saneamento e infraestrutura hídrica”. “Nossa avaliação é que mais de 4 milhões de empregos foram mantidos ou gerados pelas ações do Ministério”, ressaltou Marinho.

Correio Braziliense / Imagem: Reprodução

RELACIONADOS