Greve dos estudantes da Univasf e UPE completa uma semana em PE
Alunos cobram melhorias para as universidades.
Estudantes são contra a PEC 241, que limita gastos públicos por 20 anos.
A greve dos estudantes da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e da Universidade de Pernambuco (UPE), de Petrolina, no Sertão pernambucano, completou uma semana nesta segunda-feira (17). Os discentes são contra a PEC 241, que limita os gastos públicos no período de 20 anos e reivindicam melhorias para as ins
tituições.
Univasf
As manifestações começaram na segunda-feira (10), quando a reitoria da Univasf foi ocupada pelos estudantes. Os alunos só deixaram o local na sexta-feira (14), quando parte das pautas reivindicadas foram atendidas. A decisão da desocupação foi tomada em uma assembleia, mas a greve foi mantida.
Em uma nota enviada para a imprensa nesta segunda-feira (17), o Diretório Central dos Estudantes (DCE), informou que foi garantida a manutenção do transporte estudantil; a elaboração de um ofício contra a PEC 241 que será enviado para os ministérios da Saúde e Educação, além da Câmara dos Deputados e presidência do Senado; abertura dos editais de bolsas e auxílios até novembro de 2016; a apresentação de um estudo sobre a gestão dos Restaurantes Universitários e a conclusão de projetos executivos das residências universitárias.
UPE
Na terça-feira (11), as atividades da UPE e da Escola de Aplicação foram paralisadas e, após uma assembleia, os estudantes decidiram entrar em greve. Na entrada da universidade um cartaz informa sobre a paralisação. Dentro do prédio cerca de 20 alunos continuam acampados contra a Proposta de Emenda à Constituição 241, que estabelece um teto para o aumento dos gastos públicos pelas próximas duas décadas.
Mas, a PEC, é só uma das reivindicações dos alunos, que cobram a liberação de verbas para a manutenção da universidade; implantação de uma política de assistência estudantil; ônibus próprio para o campus; residência universitária; restaurante universitário e melhorias na infraestrutura.
“Os orçamentos do Campus cairam muito. Somos a única universidade pública do Estado de Pernambuco e as condições não são tão legais. Então, a gente espera e precisamos do apoio dos estudantes, da população, dos professores para que essas pautas sejam pelo menos revistas, analisadas e que nossas reivindicações sejam sanadas”, argumentou a estudante Williany Ferreira.
De acordo com Williany, até agora não houve avanços nas discussões dos alunos com a reitoria da UPE.
