InícioAraripina em FocoGuedes ataca oposição: “Foram governo e não tiveram coragem de mudar”

Guedes ataca oposição: “Foram governo e não tiveram coragem de mudar”

E o esperado aconteceu: o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, perdeu a paciência com as provocações dos parlamentares, principalmente da oposição, e partiu para o bate-boca. Nesta quarta-feira (3/4), ao falar sobre o projeto de reforma da Previdência, o ministro praticamente jogou no colo do Parlamento a culpa pelo atual quadro de déficit previdenciário.

De dedo em riste e sem tratar os deputados por “vossa excelência”, exaltou-se ao ser interrompido: “Vocês estão há quatro mandatos, há 18 anos no poder. Por que não botaram imposto sobre dividendo? Por que deram benefício para bilionário? Por que é que deram dinheiro para a JBS? Por quê?”, disparou, irritado. “Vocês estiveram no governo. Vocês foram governo. Nós estamos há três meses. Vocês estiveram 18 anos no poder e não tiveram coragem de mudar”, atacou.

Guedes voltou a dizer para os deputados que a responsabilidade pela aprovação da reforma, e a consequente retirada do país de um futuro cenário de caos econômico, é do Congresso.

“O leque de escolha está na frente de vocês. Se a reforma for forte, é possível pensar num futuro diferente para os filhos. Se for fraca, terão uma reforma tipo essas que foram feitas e daqui a três anos vocês estarão reunidos de novo. Eu não. Acaba esse governo e eu vou embora”, disse.

Mais calmo, agradeceu à contribuição de todos e disse que não gostaria que ficasse qualquer tipo de ressentimento pessoal. Lembrou que foi acusado pela oposição de “desviar recursos”, de “mentiroso” e de não “jogar com a verdade”.

Pausa para o xixi
“Não levo mágoa nenhuma. Sei que vocês estão representando um papel importante. Os eleitores de vocês estão olhando, vendo a defesa feroz”, disse, antes de explicar que, por estar “há seis horas bebendo água”, precisava fazer xixi. “Eu preciso dar um pulo no banheiro. Mas eu volto. Parada para os comerciais”, encerrou.

Carlos Estênio Brasilino/AF Newss/Metrópoles

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