Herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos, o chefe de gabinete do governador Paulo Câmara, João Campos, reiterou o discurso socialista de estar aberto ao diálogo com todos os partidos para as eleições 2018, mas evitou antecipar esse debate. Em Petrolina, onde participou ontem (14), juntamente com Paulo e toda sua equipe, do Seminário ‘Pernambuco em Ação’, João disse que o mais importante, no momento, é focar nas gestões.
“Não estamos num ano eleitoral. Os governos estaduais e as prefeituras pelo País precisam focar na gestão. As pessoas ficam olhando pelo retrovisor, olhando o passado, e esquecendo o futuro do País. Já está passando da hora de olhar para frente e buscar uma solução que possa tirar os 12 milhões de desempregados, dar acesso a creches de qualidade para nossas crianças. Estamos num momento decisivo, de acertar”, ponderou.
Sobre uma eventual reaproximação entre PSB e PT, João disse que esse assunto já foi comentado pelas lideranças do seu partido – o governador e o prefeito do Recife, Geraldo Julio. “Somos da escola de Eduardo Campos. Ele se colocou sempre à disposição do bom debate, do diálogo, e tudo que pudesse contribuir não para um projeto pessoal, mas de desenvolvimento, valia a pena”, declarou.
No entanto, ao ser perguntado sobre as críticas do seu pai ao Governo Dilma, meses antes de passar o comando do Estado para sair em campanha pela Presidência da República, João foi categórico ao criticar a gestão petista. “Tudo o que ele falava, aconteceu. Dilma entregou o País muito pior do que recebeu, não manteve as condições de governabilidade. E se você olhar o programa de governo que ele desenhou junto com Marina (Silva), tudo é muito atual. O que ele falava de reforma do País, de reforma política, o que aconteceria ao País se aquele grupo (PT) permanecesse no poder é muito atual. Eu acho que ele estava com uma capacidade muito grande da leitura do País”, finalizou.
Blog do Carlos Brito / Foto divulgação