Depois do Galo da Madrugada reinar no sábado, as ladeiras de Olinda foram a principal escolha deste domingo para milhares de foliões, entre turistas e pernambucanos. A brincadeira na Cidade Alta começou cedo com diversos blocos percorrendo as ruas históricas da cidade e muita gente fantasiada. O grande destaque do dia foi o Enquanto Isso na Sala da Justiça.
Este ano, o Enquanto Isso entrou no ritmo da Copa do Mundo do Brasil. Antes do bloco sair pelas ruas de Olinda, os foliões presentes no Alto da Sé, a maioria fantasiada de super-heroi, pôde ver um embate entre o Homem-Aranha e um vilão não-identificado pela taça do Mundial. A encenação, que contou com um luta em pleno ar, terminou com o heroi resgatando o troféu. A performance rendeu muitos aplausos, sobretudo dos foliões-mirins.
Mas no dia dos super-herois, os vilões também reinaram. Houve quem optasse por se fantasiar pelos rivais dos grandes ídolos das histórias em quadrinhos e desenhos animados. O ator Nelson Pontes escolheu o personagem Coringa, inimigo do Batman, para desfilar. Apesar de assustadora, a fantasia fez sucesso e ele foi um dos mais requisitados para fotos. Já o carioca José Augusto Nunes investiu na fantasia de Esqueleto, adversário do He-Man, e também foi muito festejado.
Além do Enquanto Isso…
O desfile do Enquanto Isso foi um dos mais prestigiados, mas muita gente preferiu seguir outro percurso. Os amigos Daniel Guimarães e Felipe Vai estavam fantasiados de Tinder, em uma alusão a uma rede social de paquera. Eles escolheram a rua do Bonfim para se divertir e ficaram longe dos grandes blocos.
A manhã e o início da tarde foram de bastante tranquilidade em Olinda. Sufoco mesmo apenas para chegar ou deixar a cidade. Quem optou por ônibus, encontrou veículos lotados. Já os táxis, em boa quantidade, ficaram presos no engarrafamento que se formou nas proximidades do município.
Os banheiros químicos disponibilizados pela prefeitura também não deram conta do recado e muitos moradores ou comerciantes da Cidade Alta aproveitaram para lucrar “alugando” um espaço aos mais necessitados. Até o Convento de São Francisco entrou na “brincadeira”, vendendo tíquetes para quem precisasse usar o banheiro ao preço de R$ 1,00 – mais barato que a média cobrada em Olinda (de R$ 2,00 a R$ 3,00).