InícioRegião do AraripeAraripinaHistória de Araripina: Banda Sete – a banda que animava as festas...

História de Araripina: Banda Sete – a banda que animava as festas nos anos 80′

Por muito tempo em Araripina, principalmente nas animações das festas profanas que, aconteciam logo após o novenário da Festa da Padroeira do Município a Imaculada Conceição, que iniciava no final de novembro que ia até o dia 8 de dezembro, a Banda Sete foi uma das principais atrações, além de também, dos festejos juninos em que a cidade tinha uma banda para chamar de sua.

A Festa da Padroeira acontecia ali no entorno da Igreja Matriz se alargando pela Avenida Antonio de Barros Muniz, Rua Joaquim Alexandre Arraes, Joaquim José Modesto, José Barreto de Souza Sombra, enfim, e uma multidão nos nove dias de festa, vinda de todos os municípios vizinhos, fazia aquela aglomeração em que um leilão depois da noite de novena, angariava fundos para ajudar a igreja. Ao som da Banda Sete, com Martins na bateria, Severino (proprietário da banda) no teclado, Damião Silva Vocalisa, Djalma Fernandes, Chico Zé, Gonzaga como vocalista, Pedim (guitarra), Morais (baixo), Itinho (percussão), Chico Zé (baixo) e com a renovação agregando Carlos Paixão, a época radialista dos quadros da Rádio Grande Serra AM, como vocalista alternando com Gonzaga (vocal), Jota Campos (vocal), parte dos eventos festivos tinha a banda genuinamente araripinense como atração.

O editor deste portal, por vezes como penetra, assistiu vários ensaios que aconteciam tanto da casa de Rivaldo Araújo, que ere o técnico responsável por ajustar os instrumentos, e membro da equipe por muitos anos, ali no final da rua José Gualter Alencar e na casa de Severino, ali na rua Vereador Antônio Braz Sobrinho.

A Banda Sete tem muita história e os embalos do flash back ao som de músicas variadas principalmente no fértil anos 80, com o surgimento do axé music, das baladas, da menina veneno, do muito estranho, do RPM, de Guilherme Arantes, Fábio JR, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Lulu Santos, Nenhum de Nós, Capital Inicial, Ultraje a Rigor, Kid Abelha, a Roupa Nova, tudo isso ela cantou e animou muitas noites, em que festa era para de divertir e não bagunçar.

A moda das baladas, discotecas e por aqui batizada de “tertúlias” tinha muitas vibrações, muita estampa, cabelos cortados estilo Chitãozinho & Xororó, com o jeans fazendo o maior sucesso, com cintura alta e largo nas pernas e a Banda Sete fez parte dessa “GERAÇÃO DE CORES E ATITUDES”.

Fato Inusitado

Lembro de uma noite de festa profana que acontecia em dezembro, logo depois do novenário da nossa Padroeira Imaculada Conceição e, tinha como palco o calçadão da Igreja Matriz, e a Banda Sete Tocava ao som de “Cheia de Charme” – de Guilherme Arantes, o vocalista era Carlos Paixão e chovia muito. Aquele emaranhado de fios entrelaçados, de vez em quando um ruído dava sinal de que o som não estava bom (por conta da chuva, óbvio) e muito esperto, pediu que o outro vocalista testasse o microfone e o pobre coitado levou aquele choque inesperado e um “buum” parou tudo. E sabe como é quando um som para em meio aquela diversão toda? Do mesmo jeito quando a energia cai e apaga tudo.

Essa é uma das muitas histórias que a Banda Sete deve ter guardadas no baú de histórias. Lembrar das viagens de Kombi com aquelas caixas de som enormes ocupando espaços com a equipe; as viagens em cima de caminhões com as carrocerias empenadas e ainda por cima cobertas com uma lona toda furada; as festas nos distritos (também acompanhei algumas) e cidades vizinhas, onde antes de cada show era preciso comer, muitas vezes eram refeições pagas pelos prefeitos ou vereadores das cidadezinhas onde os eventos iam acontecer.

E…às vezes que para receber o pagamento dos shows para distribuir com cada componente, da banda era um sacrifício, porque tudo dependia da “portaria” – bilheteria – arrecadada na festa pelos donos de estabelecimentos. Muitas vezes os acordos eram feitos verbalmente e geralmente uma porcentagem, além da venda de bebidas ficava com o proprietário das casas de eventos.

Bom… quem mais pode contar com propriedade tudo isso que relatei apenas pelo pouco conhecimento que tenho desses ambientes musicais, são os artistas que ainda lutam para garantir o seu lugar ao sol, digo, nas noites.

Artigo do Everaldo PaixãoLeia na íntegra

RELACIONADOS