Investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) apontam informações de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizava a prática de “caixa 2” no Palácio do Planalto. As informações são da coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles. De acordo com a reportagem, a investigação está sob o comando do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, e liga diretamente o ex-gabinete de Bolsonaro aos atos antidemocráticos que tomaram Brasília.
Sobre o caixa 2, há suspeitas de que eram realizados saques feitos a partir do cartão corporativo da Presidência e de cartões de quartéis das Forças Armadas. Um personagem central na investigação é o tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido por “Coronel cid”. Cid era ajudante de Bolsonaro e realizava, dentre outras funções, atender as ligações, responder mensagens e pagar todas as contas.
Os policiais que estão tarbalhando no caso encontraram pagamentos de faturas de cartão de crédito emitido no nome de uma amiga de Michelle Bolsonaro, ex-prmieira-dama. O cartão seria usado para custear todas as despesas de Michelle. As informações vieram à tona após a quebra dos sigilos, onde encontraram mensagens, imagens e audios no celular oficial do Exército, o que fez ligar o alerta para o envolvimento de Cid nas transações financeiras. Segundo os policiais do caso, havia um “modus operandi” que lembrava o adotado pela família Bolsonaro antes de chegarem ao Palácio do Planalto, as conhecidas “rachadinhas” do filho de Bolsonaro, o senador Flávio.
As investigações chegaram a analisar o caminho das transações financeiras e observaram, através do circuito de segurança da agência 3606 do Banco do Brasil, agência que fica dentro do Palácio do Planalto, que os pagamentos eram feitos lá mesmo. Assim como Fabrício Queiroz, conhecido pelas rachadinhas, a polícia fez análise de vídeos das pessoas da equipe que trabalhava para Cid e que eram responsáveis por quitar os boletos de Michelle e sua família.
Além de todo o material em vídeo, há também mensagens de texto e audio, comprovando a ligação do ex-presidente Jair Bolsonaro com bolsonaristas radicais que vinham ameaçando as instituições há algum tempo. Um personagem conhecido da mídia é o blogueiro Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos e teve a prisão decretada por Moraes em 2021 e teve seu passaporte cancelado no final do ano passado.
