InícioDestaqueJogo de esconde: Meirelles despista sobre eleições para presidente

Jogo de esconde: Meirelles despista sobre eleições para presidente

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer, na manhã desta terça-feira (27/2), que considera a hipótese de ser candidato à Presidência da República, mas que deve decidir apenas por volta do dia 7 de abril, prazo final para deixar seu cargo caso participe do pleito. Ele falou sobre o assunto em entrevista à Rádio Globo de Campo Grande (MS).

Contudo, o ministro não respondeu se estaria conversando com o MDB para possível filiação caso sua atual sigla, o PSD, não apoie sua candidatura. Meirelles disse ainda que pode decidir por não disputar as eleições e continuar o trabalho de recuperação da economia na Fazenda.

Sem ser questionado, Meirelles iniciou a entrevista reforçando que o país já está crescendo, embora isso ainda não seja sentido por todos, já que o Brasil passou pela “maior recessão” da história. Ele reafirmou, conforme tem feito nas últimas entrevistas, que o crescimento deve ser de mais de 3% este ano, com criação de 2,5 milhões de empregos.

O ministro ainda justificou a suspensão da tramitação da reforma da Previdência como uma questão de prioridade, já que, segundo ele, a situação da segurança pública no Rio de Janeiro está “dramática”. Com a intervenção em curso, mudanças constitucionais, como a prevista na reforma, não podem ser discutidas.

O ministro ainda defendeu outras medidas fiscais que foram propostas, como a reoneração da folha de pagamento e a tributação dos fundos exclusivos. Segundo ele, a desoneração não cumpriu seu papel de incrementar a produtividade e o emprego e só serviu para aumentar o déficit público, que, completou, é uma das causas da crise. “A reoneração da folha vai ajudar na recuperação da economia, ajudando a reduzir o déficit, que tem caído, mas ainda é grande.”

Sobre a tributação dos fundos exclusivos, o ministro disse que o objetivo é criar igualdade ao pagar impostos de investimento, já que hoje esses fundos têm tributação diferenciada dos abertos e, conforme Meirelles, beneficiam pessoas que têm mais recursos.

Além disso, o ministro disse que o objetivo de todas as reformas é não aumentar impostos e, caso elas sejam aprovadas, o país poderá ter redução de tributos “daqui a uns anos”.

Fonte:Estadão/Foto:Divulgação

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