O jornalista Clóvis Rossi, decano da redação da Folha, morreu na madrugada de hoje, em São Paulo.
Ele tinha 76 anos e estava em casa, onde se recuperava de infarto tido na semana passada. Deixa esposa, com quem era casado há mais de meio século, três filhos e três netos.
Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, Rossi publicou seu último texto na quarta (12). Intitulado “Boletim Médico”, ele era, segundo o jornalista, “uma satisfação devida ao leitor, se é que há algum”. Seu estilo irônico e descontraído continuava no agradecimento aos colegas do jornal. “Até mentiram dizendo que estavam sentindo a minha falta”, escreveu. (…)
Gostava de enfatizar sua preferência pela reportagem e não pela edição. Tinha especial orgulho da cobertura que fez sobre o fim do regime franquista espanhol. “Raramente gosto do que faço. Sempre acho que a próxima reportagem vai ser melhor. Exceto nessa cobertura”, afirmou na Flip em 2014.