InícioAraripina em FocoJustiça concede prisão domiciliar ao padre Airton Freire

Justiça concede prisão domiciliar ao padre Airton Freire

Em julgamento nesta quinta-feira (24), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por intermédio da Câmara Regional de Caruaru (no Agreste), concedeu o direito de prisão domiciliar para o padre Airton Freire, acusado de estar envolvido em supostos crimes sexuais. O habeas corpus impetrado pelos advogados da defesa Marcelo Leal, Eduardo Trindade e Mariana Carvalho foi julgado por três desembargadores e o resultado foi de dois votos favoráveis e um contrário.

A defesa alegou que o religioso, de 67 anos, está com problemas de saúde e hospitalizado no Real Hospital Português, onde foi submetido a duas cirurgias, a primeira no dia 14 de agosto em que houve a troca de válvula aórtica e a outra realizada no último dia 20 para introduzir um marca-passo definitivo. De acordo com a defesa, o padre não pode permanecer preso:

“Na sustentação, deixamos claro que o padre corre, conforme os laudos médicos, risco altíssimo de morrer na prisão, onde não poderia ter atendimento médico adequado e rápido”, argumentou o advogado Marcelo Leal.

Internação sob custódia

O padre Airton foi internado no Real Hospital Português no dia 14 de julho, depois de ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A internação está sob custódia policial e nada mudou após a decisão do TJPE:

“O padre estava e ainda está custodiado no hospital, onde se recupera de duas cirurgias e, portanto, permanece com a policial na porta do seu quarto. O Habeas Corpus foi concedido para que a prisão preventiva seja convertida em prisão domiciliar. Em face do estado de saúde que o padre se encontra, ele só vai para a prisão domiciliar quando tiver alta hospitalar. A decisão da câmara regional do TJPE impôs o uso de tornozeleira eletrônica quando sair do hospital”, esclareceu o advogado de defesa Eduardo Trindade.

Versão da defesa

A prisão do sacerdote ocorreu no dia 14 de julho, após denúncias de seu envolvimento em suposto estupro. Há denúncias de cinco vítimas que alegam abusos praticados pelo sacerdote e por funcionários dele. Uma das pessoas que se diz vítima é Silvia Tavares.

Entretanto, a defesa do padre protocolou um pedido para que a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) abra três inquéritos para investigar supostos crimes cometidos por Silvia. O pedido da defesa do sacerdote é para que se investigue mensagens em que ela confessa ter praticado assassinato. Questionada, a PCPE afirmou ter recebido “a petição dos advogados e irá se pronunciar após análise de todo o pleito“. As investigações estão sob sigilo.

Fonte: Diário de PE

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