Paraná, a Justiça Federal aceitou uma denúncia contra o ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e outras nove pessoas pelo crime
de lavagem de dinheiro. “A ação inclui o doleiro Alberto Youssef, De acordo com
a justiça, há indícios de que todos eles, agora na condição de réus,
participaram de um esquema de desvio de dinheiro público envolvendo a refinaria
Abreu e Lima, em Pernambuco, entre 2009 e 2014″, informa o site da Veja.
agência Brasil, o juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba,
recebeu a denúncia contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro
Alberto Youssef por desvios de recursos públicos na construção da Refinaria
Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco.
Ministério Público Federal (MPF), os desvios na construção da refinaria
ocorreram por meio de contratos superfaturados feitos com empresas que
prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014.
foi orçada em R$ 2,5 bilhões, mas custou mais de R$ 20 bilhões.
investigação, os desvios tiveram a participação de Paulo Roberto Costa, então
diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas de fachada, segundo o
órgão.
interceptações telefônicas confirmam indícios de desvios de recursos públicos.
em relação aos acusados Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, cuja relação
restou comprovada na interceptação telemática e telefônica e pelas buscas e
apreensões realizadas na fase da investigação, autoriza, nessa fase, o
reconhecimento da presença de provas suficientes de autoria”, decidiu Moro.
Paulo Roberto Costa nas duas pontas do esquema criminal, em uma como
responsável pela construção da Refinaria Abreu e Lima, tanto na condição de
Diretor de Abastecimento da Petrobrás como membro do Conselho de Administração
da Refinaria Abreu e Lima, e, na outra, como beneficiário de parcelas das
‘comissões’ ou ‘repasses’, constantes nas planilhas MO/GDF [empresas ligadas ao
doleiro Alberto Youssef], autoriza, nessa fase, o reconhecimento da presença de
provas suficientes de autoria”, diz o juiz Sergio Moro em sua decisão de
transformar todos os suspeitos em réus pelo crime de lavagem de dinheiro.
apresentada à Justiça, os advogados do ex-diretor afirmaram que os pagamentos
recebidos das empresas do doleiro, identificados como repasses ou comissões,
foram decorrentes de serviços de consultoria prestados. No entanto, de acordo
com o juiz, a Polícia Federal e o Ministério Público não encontraram provas de
que os serviços foram prestados.
persistiu recebendo e lavando valores provenientes dos desvios mesmo após
deixar o cargo de Diretor de Abastecimento da Petrobrás, o que pode ser
explicado, como afirma o MPF, pela sua eventual continuidade no Conselho de
Administração da Refinaria Abreu e Lima, pela persistência de sua influência no
mercado em questão e junto à empresa estatal e seus fornecedores e pela própria
parceria estabelecida com Alberto Youssef”, diz o juiz Sergio Moro em sua
decisão.
Veja, para o juiz, há indícios de que o repasse dos recursos não tem
justificativa econômica lícita, o que aponta para o superfaturamento na
construção da Refinaria Abreu e Lima. De acordo com a acusação, as operações de
usar empresas de Youssef para dar ares de veracidade à movimentação dos
recursos desviados da refinaria configuram lavagem de dinheiro. “Alberto
Youssef e Paulo Roberto seriam os líderes do grupo criminoso e seriam os
principais responsáveis pela lavagem de dinheiro dos recursos desviados”, diz o
Ministério