Protagonista de uma história de filme com um final trágico – a morte de Fernanda Souza Silva, de 22 anos – Aldirene da Silva Santana, 26 anos, teve um pedido de liberdade negado pela Justiça na segunda-feira (11). Ela está presa preventivamente desde o dia 26 de fevereiro, quando foi acusada de assassinar sua amiga. O crime teria sido motivado por uma fofoca e foi confessado à Polícia Civil.
A defesa de Aldirene tentou revogar sua prisão preventiva sob a alegação de que não teria razão para privá-la da liberdade. O advogado citou que a jovem possui condições favoráveis, como emprego, ser ré primária, ter bons antecedentes e residência fixa. Os argumentos, porém, não foram aceitos pelo juiz Wagner Plaza Machado Junior, da Primeira Vara Criminal de Rondonópolis.
Ao negar reverter a prisão, o magistrado observou que as “condições favoráveis” são irrelevantes quando são apresentados elementos que apontam, por exemplo, um comportamento perigoso ao meio social. “A defesa não trouxe aos autos qualquer elemento indicador de modificação no quadro fático ou ilegalidade, persistindo, ainda, os fundamentos ensejadores da decisão que converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva”, disse o juiz em trecho da decisão.
Em outra parte do despacho, o juiz observou que Aldirene tentou fugir da cena do crime, o que não aconteceu apenas porque foi impedida por testemunhas. Ainda frisou que uma terceira pessoa – Janina Pereira Rosseti, amiga de Fernanda – teria impedido a acusada de efetuar novos golpes contra a vítima. Assim, o magistrado entendeu que ficou comprovada a periculosidade da jovem presa preventivamente.
De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), Fernanda foi atingida no coração, por isso, não houve tempo para o socorro.
AF Newss/Olivre/Foto:Reprodução