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Klevinho Xavier fala sobre sua pré-candidatura a prefeito de Bodocó em entrevista à Rádio Liberal

Em entrevista ao Jornal da Liberal, o pré-candidato a prefeito de Bodocó pelo PDT, Klevinho Xavier, falou sobre o Projeto Inova Bodocó e sua posição como alternativa ao cenário político de duelo entre a atual oposição e situação na cidade.

A conversa com o apresentador Francisco Monteiro ocorreu nesta terça-feira, 19, onde Klevinho foi primeiro questionado sobre o lançamento de sua empreitada na política. O empresário afirmou que o processo é natural, uma vez que vem de uma família de figuras públicas, como seu irmão, Erlânio Xavier, prefeito de Igarapé Grande, no Maranhão.

“Meu pai foi vereador na cidade de Calumbi, próximo à Serra Talhada, depois a gente foi para o Maranhão onde meu irmão Júnior também foi candidato a vereador, sendo o mais bem votado; Erlânio disputou uma prefeitura, na vaga de vice, onde também tivemos êxito; e de lá pra cá teve o meu sobrinho, João Vitor, que concorreu à eleição em 2016, em Bodocó, onde também foi o mais votado. Tenho um tio, Lucélio, que é vereador em Bodocó já há oito mandatos. Então é assim, a família toda é política”, destacou.

Klevinho afirmou ainda que acompanha de perto os problemas da cidade onde vive e isso o motivou ainda mais a lançar sua pré-candidatura. “Vendo o sofrimento da população, eu resolvi abraçar essa causa e entrar na política de Bodocó para trazer melhorias para o município. Estamos interessados em disputar a prefeitura de Bodocó porque precisamos organizar o município”, contou.

Questionado pelo jornalista sobre figuras de salvadores que se perdem logo nos primeiros meses de mandato e como se diferenciar delas, Klevinho citou sua expertise no ramo do comércio como modelo para a gestão pública. “O diferencial é que para você administrar uma prefeitura você precisa ser bom administrador no ramo empresarial. Política e comércio não é muito diferente, a diferença é que você vai ser empregado do povo. Então, o prefeito quando chega precisa entender que tem que ter responsabilidade de administrar aquele município, responsabilidade com o povo”, apontou.

A entrevista seguiu sobre uma suposta união com Dr. Otávio, figura do grupo político ao qual pertence o ex-prefeito de Bodocó, Danilo. Rumores circularam pela cidade que o contato entre a partes sinalizaria um recuo na pré-candidatura de Klevinho, o que foi veementemente negado por ele.

“Minha pré-candidatura é legítima e esse projeto começou quando perdemos a eleição com o ex-prefeito Danilo e meu irmão Júnior Xavier começou a fazer visitas e dar assistência ao povo, um povo tão carente. Estamos bem nas pesquisas, já estamos no segundo lugar. Temos três vereadores, nove suplentes e várias famílias apoiando o nosso projeto. As portas estão abertas. Se eles quiserem realmente o bem de Bodocó, o bem daquela população, as portas estão abertas para virem somar com a gente. Agora, nós não vamos desistir do projeto. Não vamos ficar em segundo plano”, ressaltou Klevinho Xavier.

O pré candidato pôde falar mais sobre o Projeto Inova Bodocó, lançado na cidade no último dia 12 de novembro. “Esse é um projeto novo que veio pra fazer a diferença, para mudar a política em Bodocó. Então estamos aqui com um grupo novo, com ideias novas; é um grupo que veio pra fazer a diferença, e esperamos que a população entenda e adira a esse novo projeto”, disse.

Klevinho destacou os três pontos principais de mudança em sua gestão: a descentralização, humanização e pluralidade. Para ele, é inaceitável o deslocamento contínuo da população da zona rural para ter acesso a serviços públicos dispońíveis apenas na sede, em um município com a segunda maior zona rural da região.

“Nossa zona rual é muito grande, nada justifica a pessoa que mora em Né Camilo vir a Bodocó procurar os serviços públicos ou mesmo o prefeito, pegar senha, e passar de 8h da manhã às 15h e não ser atendida! Essa é uma das coisas que tem que acabar, esse negócio de senha. Vamos fazer uma prefeitura itinerante, vamos atender, uma vez por mês, lá na zona rural, para que o povo se sinta valorizado e para que a gente veja a dificuldade do povo”, explicou.

Outro ponto de destaque na entrevista sobre o modelo de administração que será implantado por Klevinho caso vença as eleições em 2020 é quanto ao asfaltamento também na zona rural de Bodocó, saindo da sede até a Vila Zé do Ouro. 

“É um dos principais assuntos que tenho debatido com meu irmão Erlânio. Ele asfaltou já quase 100% da zona rural de Igarapé Grande e o questiono muito porque em Bodocó nunca foi feito semelhante, e ele me respondeu ‘Klevinho, nunca entrou gestor de responsabilidade’. Esse é um dos nossos projetos: no primeiro ano o asfalto será de Bodocó à Sipaúba, no segundo ano de Sipaúba à Cacimba Nova, no terceiro ano chegamos em Feitoria, e no quarto ano vamos finalizar até a Vila Zé do Ouro. Essas estradas vão ajudar muito no escoamento do gesso, da mandioca, trazendo renda para o município. Uma boa parte do comércio em Bodocó gira em torno dessa população. Quem é comerciante sabe o que estou dizendo, os principais clientes do comércio local vem dessa região, então vai facilitar a vida de todos”, destacou.

Sobre a queda e interdição da ponte sobre o Rio Pequi, ocorrida há quase dois anos, Klevinho classificou como “descaso” a demora na reconstrução, de responsabilidade do Governo do Estado de Pernambuco, e lembrou que com recursos pŕoprios fez desvios no local para que o tráfego não fosse completamente interrompido.

“Estamos há dois anos sonhando com essa ponte, e com o período de chuvas vai ser mais uma vez interditada. Assim que a ponte caiu, que foi interditada, por mais de quatro vezes meu irmão Júnior e eu foi quem mandamos as máquinas pra lá e passamos o dia no sol fazendo o desvio para facilitar o tráfego da população. Do meu ponto de vista o governador está pecando e já deveria ter feito esta ponte. Uma ponte que, não tenho dúvidas, se faz em seis meses como em outros estado. Só aqui em Pernambuco que não faz!”.

Ele finalizou a questão deixando um recado direto ao governador Paulo Câmara (PSB): “Então, governador, olhe para o povo de Bodocó, um povo que lhe deu a maioria. É muito ruim quando você é bem votado em uma região, mas vira as costas pra ela. Não faça isso!”. Ele disse ainda que seguirá ajudando no local. “Estamos chegando no inverno, mais uma vez vai ser cortada, mas estarei com minhas máquinas lá, e quantas vezes for preciso, porque eu faço é para o povo, não é para governador nem para político. Nosso trabalho é para o povo”.

Klevinho finalizou agradecendo à equipe de jornalismo e toda a Rádio Liberal e enfatizando sua disponibilidade em trabalhar pelo povo de Bodocó.

Francisco Monteiro/Foto: Reprodução

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