O resultado do laudo pericial foi divulgado neste domingo (23), mostrando assim com uma riqueza de detalhes a morte do funkeiro MC Kevin. No dia 16 de maio o funkeiro caiu do quarto 502 de um hotel no bairro da tijuca.O laudo reconstitui com uma impressionante riqueza de detalhes os últimos segundos de vida de Kevin. A perícia consegue traçar a trajetória exata da queda do MC e os últimos esforços que ele fez para não cair. O laudo traz também detalhes importantes sobre o que aconteceu naquele fim de tarde, no último domingo (16). Kevin estava no quarto do hotel com o amigo MC VK e a modelo Bianca Domingues.
A perícia não encontrou nenhum indício de briga ou de ações violentas no quarto. Apesar de toda a bagunça, em um primeiro olhar, nada ali indicava que a festa tinha terminado mal. Mas quando chegou à sacada, o perito teve elementos para reconstituir exatamente o que aconteceu, começando pelas marcas dos dedos no vidro da varanda.
Tanto Bianca quanto o MC VK dizem que viram Kevin tentando dar um impulso com o corpo antes de cair do quinto andar.
O laudo confirma que MC Kevin não caiu em linha reta, chegando no chão a uma distância de 4 metros da varanda de onde se atirou. Segundo a perícia, ele despencou de uma altura de 15 metros e teve dois pontos de impacto antes de cair no chão: primeiro, bateu na marquise do bar da piscina, escorregou dali e ainda resvalou no guarda-corpo da piscina antes de chegar ao local onde o corpo foi encontrado.
A perícia concluiu que Kevin caiu de pé, olhando para a fachada do prédio. Quando bateu no teto do bar da piscina, ele ainda tentou se segurar. O perito encontrou ali a marca de mão esquerda espalmada, com indícios de arraste. Na clarabóia, ficou marcada a mão do MC, o retrato de um último esforço para não cair ainda mais.
Ele não conseguiu, até porque, segundo o laudo, a parte inferior da face, área da mandíbula, veio a atingir a “quina” desta laje. O impacto deixou uma pequena mancha de sangue e causou um grande ferimento na face, com fratura do osso nasal, maxilar e mandibular, e com uma ferida de três centímetros na língua.
O cercado da piscina tem a marca de que o corpo resvalou ali antes da última queda, de barriga para baixo, no pé da escada. “O que nós podemos afirmar hoje é que todas as provas testemunhais e a prova pericial nos levam para um acidente”, diz o policial.
Fonte: G1/Fantastico